Jade Barbosa: atual integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, foi contemplada em nove editais do Bolsa Atleta desde 2011. Foto: Mariana Raphael/MEsp |
Noventa e oito por cento dos representantes nacionais já tiveram suporte do programa do Governo Federal em algum momento da carreira. Em 27 das 39 modalidades com brasileiros em Paris, 100% dos atletas recebem o patrocínio do Governo Federal
O DNA
do Bolsa Atleta é "onipresente" na delegação brasileira que está em
Paris para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Levando em conta o
edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas na capital francesa fazem
parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o
histórico dos atletas, contudo, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do
Governo Federal em alguma fase da carreira (98%).
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Confira o guia de atletas, modalidades e investimentos do Governo Federal
É um projeto que considero essencial, que consegue entender
a necessidade e a demanda de cada atleta. Muda não só a vida do atleta, que
pode se fixar no que é mais importante para desenvolver sua carreira, mas da
família"
Jade Barbosa, da ginástica artística
Em 27
das 39 modalidades em que o país está representado na França, 100% dos atletas
integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte.
Mais: em seis modalidades, todos estão na categoria Pódio, a principal do Bolsa
Atleta, voltada para esportistas com chances reais de medalha em megaeventos,
que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades.
A Bolsa Pódio garante repasses mensais que variam de R$ 5.500 a R$ 16.600, com
o reajuste anunciado em julho de 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Alguns dos destaques são o boxe, em que os dez atletas nacionais estão na categoria Pódio, e as ginásticas. Seja na artística (sete atletas), rítmica (seis) ou de trampolim (dois), 100% dos representantes nacionais integram a categoria Pódio. Com o nome presente em nove editais do Bolsa Atleta desde 2011, Jade Barbosa é uma das representantes da categoria Pódio em Paris. Para a experiente atleta de 33 anos, o programa tem sido um parceiro essencial, fundamental na trajetória que permitiu a ela integrar a equipe vice-campeã mundial por equipes em 2023.
"É um projeto que considero essencial, que
consegue entender a necessidade e a demanda de cada atleta. Muda não só a vida
do atleta, que pode se fixar no que é mais importante para desenvolver sua
carreira, mas da família", afirmou Jade Barbosa.
Radiografia do Bolsa Atleta na delegação brasileira em Paris
ATLETISMO - A
modalidade com mais atletas nacionais inscritos é o atletismo. Entre atletas de
campo e pista, são 41. Deles, 38 (92,6%) estão no Bolsa Atleta. Um deles é Caio
Bonfim. O brasiliense de 33 anos, duas vezes medalhista de bronze em mundiais,
vai para a sua quarta edição de Jogos Olímpicos. É o principal nome da marcha
atlética nacional há mais de uma década, e contemplado pelo Bolsa Atleta há 17
anos.
É um incentivo que vai diretamente para o atleta. Isso faz
toda a diferença na preparação deles"
André Fufuca, ministro do Esporte
"Não tem como falar dos meus resultados sem
falar do programa. Faz parte da minha história. É essencial para eu manter o
padrão de treinos e competições que são necessárias para me manter em condições
de brigar pelos melhores resultados", afirmou.
Para o
ministro do Esporte, André Fufuca, o principal diferencial do programa é ser um
recurso que chega direto na mão do esportista. “É um incentivo que vai
diretamente para o atleta. Isso faz toda a diferença na preparação deles",
resumiu.
Secretária
Nacional de Esporte de Alto Desempenho do Ministério do Esporte, Iziane Marques
ressalta a longevidade do programa como um fator de tranquilidade para quem se
prepara para megaeventos. "É um exemplo de nosso compromisso, fornecendo
suporte financeiro a atletas que representam o país nas mais diversas
modalidades. Esse investimento permite que eles se dediquem integralmente aos
treinos e competições, buscando sempre o melhor desempenho", afirmou.
PREDOMÍNIO FEMININO -
Nos Jogos de Paris 2024, pela primeira vez o Brasil terá uma delegação formada
em sua maioria por mulheres. Dos 276 atletas, 153 estão nas disputas femininas:
55%. Nos Jogos de Tóquio 2020, esse percentual foi de 47%. O grupo busca
quebrar os recordes de ouros (sete) e de pódios do Japão (21).
INVESTIMENTO - No
ano passado, o aporte total do Governo Federal no esporte nacional superou os
R$ 860 milhões. Nesse valor está o tripé que hoje representa a maior fonte de
recursos específicos do esporte de alto desempenho, formado pela Lei das
Loterias, o Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte.
RECORDE DE BOLSAS -
Em 2023, o Bolsa Atleta investiu R$ 121 milhões em atletas de modalidades
olímpicas e paralímpicas, para um recorde de 8.292 bolsas concedidas. Em 2024,
o recorde foi ampliado, com mais de 9 mil atletas contemplados. O investimento
supera os R$ 160 milhões.
REAJUSTE - No ano
em que completa 20 anos, o programa foi reajustado após 14 anos. O
presidente Lula assinou decreto que aumentou os valores das bolsas em 10,86%. Confira abaixo como ficaram os valores para cada categoria
do programa:
Novos valores com o reajuste do Bolsa Atleta, o primeiro em 14 anos
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República
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