Além de estudar diversas disciplinas para o
concurso, o estudante tem também o desafio de ler criticamente os livros indicados.
Algumas dicas podem ajudar nessa missão
O estudante que está prestes a fazer o vestibular, especialmente o da Universidade Federal do Paraná (UFPR), já tem definidos, desde o início deste ano, os livros que serão cobrados na prova. Desta vez, a UFPR divulgou a lista de obras com mais antecedência e isso pode facilitar para a organização do aluno.
Mas
como otimizar a leitura, de forma a aproveitá-la ao máximo e se sair bem na
prova, juntamente com os estudos de outras disciplinas? A coordenadora de
Língua Portuguesa e de Produção de Textos do Colégio Bom Jesus, Cleuza Cecato,
tem algumas dicas. Veja:
1 - Não deixar para a última hora: organizar o tempo de leitura para cada livro é importante
Por
mais que a universidade tenha divulgado a lista com antecedência, é preciso
organização para ler todos os livros com calma, para não acumular essa
atividade com as outras tantas que o aluno já tem no decorrer do ano letivo
pré-vestibular. Uma dica é estabelecer uma obra por mês, dedicar de uma a duas horas
por dia para isso. Assim fica mais fácil conciliar com as outras disciplinas.
2 – Áudio books, leitura orientada, grupos de leitura e outras referências
Os
momentos de leitura devem ser previstos nas programações de estudos dos alunos.
No entanto, a leitura orientada feita em sala de aula pode ser um ponto de
partida, mas há outras estratégias, como áudio books, por exemplo. “Essas
estratégias podem ajudar muito a conseguir não só tomar contato com maior
número de livros mais rapidamente, mas também a ampliar repertório de
percepções sobre o mundo que nos cerca”, observa a professora Cleuza. O
estudante pode ainda reunir os amigos para falar sobre a obra – a percepção de
cada pessoa é diferente e isso enriquece o debate e, consequentemente, facilita
a memorização e interpretação - ou mesmo assistir a filmes, vídeos, ler
críticas a artigos sobre o tema – tudo isso podem ser recursos interessantes
para o aluno memorizar a história.
3 - Dificuldade para ler não é incomum, mas é possível mudar isso
Leitura
é hábito. Segundo a professora Cleuza, é difícil simplesmente passar a ler
muito e com produtividade de uma hora para outra, mas sempre é tempo de
começar. “Pode ser com um desafio ler alguns minutos por dia, fazer anotações
sobre vocabulário e estilo de texto (mais fácil, mais difícil, mais descritivo,
com períodos mais longos ou curtos...) e, a partir daí, desafiar-se um pouco
mais, como indicar leituras e aceitar indicações de outras pessoas”, diz
Cleuza. A professora lembra ainda que hoje, virtualmente, há muitas plataformas
que orientam leituras e indicam obras. “Vale a pena usar isso a favor dos
estudos”, completa.
4 - Não se culpar por não gostar dos temas dos livros
Listas
de livros solicitados em vestibulares atendem critérios específicos, e não
necessariamente são obras apaixonantes para os leitores de uma forma geral.
Então, em relação a esses títulos, a sugestão da professora é: “cumpra seu
papel de estudá-las para o vestibular específico. Se puder, aproveite conteúdos
e abordagens que elas trazem para suas redações e não se culpe por não gostar
de alguma ou algumas delas. Mas se pergunte verdadeiramente o que acontece caso
você não sinta apreço por nenhuma”, aconselha. A professora diz que talvez o
estudante não esteja lendo aquela obra da forma mais adequada. “Para ler um
livro de maneira adequada, é preciso compreender o estilo de escrita e a
relação do enredo com o período histórico”, ressalta.
5 – Interpretar, sempre! Não se esqueça de que os vestibulares vão focar nisso!
Fazer leitura crítica é o ponto alto das habilidades de um bom leitor. Os vestibulares apostam na valorização de respostas completas dos estudantes, e muito bem articuladas. Por isso, é importante fazer uma leitura mais atenta.
Para melhorar nesse quesito, a professora Cleusa diz que o aluno não deve somente ler a obra para conhecer o enredo, mas é importante compreender como a narrativa se insere no momento histórico, como e quanto dialoga com outras narrativas, autores da mesma obra citada, ou de outros momentos, e qual é a qualidade de sua construção. “São características reconhecíveis e muito interessantes para desenvolver a percepção de que nem toda leitura é fácil ou nem todo enredo é igual”, diz a professora. Por isso, é tão importante que os professores se atentem para isso. “Essas habilidades ajudam muito os estudantes a responderem a questões que vão desde a memorização de enredo até a análise de aspectos culturais ou estruturais pertencentes à obra”, ressalta Cleuza.
6
– Memorizar detalhes importantes da obra fazendo resumos e resenhas
Para
tentar lembrar alguns detalhes importantes do livro na hora da prova, é
interessante fazer resumos, fichamentos e resenhas dos principais trechos, dos
personagens. Mas principalmente do momento histórico em que o texto foi
construído: anotar alguns pontos sobre isso ajudará na compreensão da política,
da cultura da época. Escrever sempre ajuda a guardar alguns trechos importantes
do livro. Mas a professora ressalta que memorizar não significa decorar.
“Guardar na memória com produtividade vai além de apenas saber reproduzir a
história. É preciso exercitar maneiras de relacioná-la com temáticas
contemporâneas”, ressalta. Sem falar que um resumo pode auxiliar o estudante na
véspera, caso queira relembrar da obra.
Já
a análise da estética literária possibilita avaliar como a obra foi escrita.
Colocar no papel quais são as características de estilo da obra, qual estrutura
de narrativa o autor utilizou, entre outros pontos, pode ajudar bastante na
hora da prova do vestibular.
https://www.grupoeducacionalbomjesus.com.br/
Colégio Bom Jesus
https://bomjesus.br/
FAE Centro Universitário
https://www.fae.edu/
FAE Business School - Curitiba (PR)
https://fae.edu/cursos/pos-graduacao-curitiba.vm
FAE Business School - Blumenau (SC)
https://fae.edu/cursos/pos-graduacao-blumenau.vm
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