Especialista em
comunicação e oratória explica como cada formato funciona e defende
o modelo presencial quando se trata da realização de cursos de oratória
Os termos ‘remoto’ e ‘online’ ganharam muito
destaque durante a pandemia da Covid-19, visto que devido ao isolamento social,
o mundo inteiro precisou se adaptar. Porém, apesar do presencial ter voltado a
ser uma realidade para todos, os outros dois formatos continuam sendo
utilizados, mas é preciso entender em que atividades são efetivos de fato.
Segundo Fran Rorato, especialista em
comunicação e oratória, fundadora da 2Talk Show e CEO da Vox2You
São Paulo, o formato remoto é semelhante ao presencial, porém, acontece à
distância. Isso significa ter um professor, ao vivo, que compartilha seu
conhecimento e os feedbacks, só não está presente no mesmo ambiente. Por outro
lado, no online geralmente são apenas vídeos em que você assiste e tenta
reproduzir sozinho o que aprende.
Fran aponta que o formato remoto pode funcionar,
enquanto o online não. “O remoto tem a característica de
ser ao vivo e personalizado, é quase uma reprodução do presencial, o que não se
aplica para o online. Vamos pegar de exemplo a terapia: uma coisa é ler um
livro de autoajuda, outra bem diferente é fazer terapia com um terapeuta do
outro lado, de forma remota, te puxando e escavando suas necessidades pessoais
a serem trabalhadas”, explica.
A funcionalidade entre os dois formatos também é
uma questão relevante quando se trata de cursos de oratória. O presencial
continua sendo o modelo considerado mais efetivo, justamente por conseguir
promover um melhor desenvolvimento pessoal e assim colocar as pessoas diante de
um desafio de verdade, pois estar presencialmente no mesmo ambiente em que a
ação está acontecendo não permite enganar o cérebro.
No entanto, de acordo com Fran, os cursos de
oratória podem funcionar no formato remoto, se forem muito bem feitos, mas não
no online. “No remoto há uma troca que no online não existe. Não consigo
enxergar como isso poderia acontecer através de vídeos simples e generalistas.
A maior parte do trabalho da oratória de uma pessoa é trabalhar o emocional,
potências individuais e emocionais. E isso vai na contramão das plataformas
onlines”, afirma.
Por essa razão, sobre as tendências de formatos
para os próximos anos, a especialista crê que com o passar do tempo, as pessoas
vão perceber que investir em desenvolvimento de oratória online não vai trazer
a transformação que esperam, ficando abaixo da expectativa e consequentemente
gerando uma grande frustração. Isso fará com que a necessidade pelo presencial
aumente cada vez mais.
Para Fran, muitas vezes um curso de oratória online
não passa de estratégia para escalar um negócio, não significando êxito de
verdade para quem consome. “Atualmente, eu já recebo muitos alunos com essa
queixa e acredito que isso será ainda mais comum daqui para frente. O online
pode ser uma ferramenta poderosa para complementar os estudos, porém, o
aprofundamento do trabalho da oratória se dá apenas pelo presencial”, finaliza.
Fran
Rorato - atriz, jornalista, especialista em comunicação e oratória,
fundadora da 2Talk Show
e CEO da rede de escolas de oratória Vox2You
em São Paulo. Ao longo da carreira atuou como apresentadora em programas de TV
na Record, RedeTV e É+TV e liderou projetos de treinamentos e mentorias
voltados para oratória. Atualmente é reconhecida pelo mercado como uma das
maiores especialistas do país em comunicação.
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