Infecção das vias urinárias é causada por bactéria e tem diversos fatores de risco, como pouca ingestão de água, retenção da urina, não esvaziar a bexiga por completo, falta de higiene na parte íntima, uso de fraldas e sonda, entre outros
Se você ingere pouca água, costuma reter a urina ou
tem poucos cuidados com a higiene da parte íntima do seu corpo, fique atento!
Essas e outras atitudes favorecem o desenvolvimento da infecção urinária,
especialmente em sua forma mais comum: a cistite, que tem como característica a
inflamação da bexiga. E ainda tem mais! Esse problema atinge principalmente
mulheres por conta da anatomia da uretra feminina, além de ser a causa de uma
considerável parcela de internações em UTIs quanto se trata do público Adulto+.
E como ninguém quer sofrer com os incômodos que uma
infecção urinária pode proporcionar, que tal saber tudo sobre essa inflamação e
como reduzir os riscos de desenvolvê-la?
Todas as dúvidas sobre o assunto são esclarecidas
pelo médico urologista da Prevent Senior Gabriel Barbosa.
Sobre a infecção urinária
Trata-se de uma inflamação causada por bactéria,
podendo atingir qualquer parte das vias urinárias, como bexiga, uretra e rins.
Não existem estágios do problema, mas há uma
divisão entre quadros leves ou graves.
Em casos mais leves, essa infecção atinge apenas a
bexiga (cistite) e apresenta sintomas comuns, como ardência ao urinar, aumento
na frequência urinária e urgência para tal, dor na região afetada (bexiga),
mudança no aspecto e odor da urina e, em situações mais intensas, febre e
presença de sangue na urina.
“Em casos graves de infecção urinária, a inflamação
pode afetar os rins, provocando quadros sistêmicos, como febre, dores, queda do
estado geral e, em situações extremas, com risco à vida”, complementa o
urologista.
Fatores de risco
O médico explica que a bactéria causadora do
problema chega no organismo por meio da via urinária, que é a uretra. Ou seja,
ela vem de fora para dentro. “O principal mecanismo de defesa do corpo contra
as infecções que essas bactérias provocam é esvaziar bem a bexiga para
eliminá-las antes que causem as inflamações”, esclarece.
Hábitos que podem contribuir
com o desenvolvimento de infecções urinárias:
- Beber pouca água
- Segurar por muito tempo a urina
- Não esvaziar a bexiga por completo ao urinar
- Pouco cuidado com a higiene genital
Outros fatores também podem aumentar as chances de
surgimento desse tipo de inflamação, como a constipação intestinal, conhecida
popularmente como “prisão de ventre”, a incontinência urinária e fecal
(incapacidade de controlar os movimentos dessas duas regiões) e a manipulação
nas vias urinárias durante cirurgias ou exames.
Problema que acomete mulheres
e o público Adulto+
Apesar de qualquer pessoa poder apresentar um
quadro de infecção urinária, o urologista Gabriel Barbosa relata que o público
feminino é o que mais sofre com essa inflamação. “Isso ocorre porque as
mulheres têm a uretra mais curta e com a abertura externa mais próxima do
introito vaginal (extremidade inferior da vagina) e ânus”, completa.
De acordo com o urologista, o fato de a uretra
masculina ser mais extensa acaba sendo um fator protetor contra esse tipo de
inflamação.
Outro público propenso a apresentar infecção
urinária é o Adulto+. Segundo o médico, pessoas com 60 anos ou mais têm maior
risco por conta da prevalência de doenças que facilitam infecções, como incontinência
urinária e fecal, e a redução da defesa do organismo contra essas inflamações
(baixa imunidade). Outros fatores de risco são o uso de fraldas e sondas.
“Atualmente, as infecções urinárias representam cerca de um terço de todas as internações clínicas em UTIs de pessoas pertencentes ao público Adulto+”, ressalta o urologista.
Diagnóstico e tratamento
Para detectar os quadros mais simples de infecção
urinária, basta uma análise clínica e física pelo médico. Em situações mais
graves, ou em que há dúvidas do diagnóstico, podem ser solicitados exames de
urina tipo 1, que ficam prontos em minutos, ou da cultura de urina, que leva
entre dois e três dias para obter o resultado. Esta última avaliação é muito
útil para identificar a bactéria causadora do problema, norteando a escolha do
antibiótico mais adequado para tratamento. No entanto, costuma ser necessária
em poucos casos.
O tratamento de infecções urinárias, por sua vez, é
realizado com o uso de antibióticos, levando em consideração alguns pontos
importantes. “A escolha da medicação e a duração do tratamento são determinados
pelo médico responsável, a depender da gravidade do quadro, idade do paciente,
uso de medicações recentes, alergias, avaliação de função renal, entre outros”,
elenca Barbosa.
O médico lembra que, além de antibióticos,
analgésicos também podem ser indicados pelo profissional como forma de aliviar
os sintomas do paciente.
Caso a pessoa pertença ao público Adulto+, o
especialista alerta que deve haver uma atenção redobrada na pesquisa de fatores
desencadeantes do problema para melhor escolha do remédio a ser indicado, já
que é comum a incidência de infecções por bactérias mais resistentes às
medicações usuais.
Atenção! Se a infecção urinária não for tratada, os sintomas desagradáveis
permanecem e uma inflamação leve pode se tornar grave, atingindo mais de um
órgão e trazendo muito mais riscos ao paciente.
Prevenção
A melhor forma de reduzir os riscos de contrair uma
infecção urinária, segundo o urologista, é ingerindo muito líquido, de
preferência água; não reter a urina por muito tempo e ter paciência para
esvaziar a bexiga por completo ao urinar; manter o bom funcionamento intestinal
e uma higiene genital adequada, principalmente após relações sexuais; bem como
tratar patologias que favorecem esse tipo de inflamação, como:
- Diabetes descompensado;
- Alterações prostáticas;
- Incontinência urinária e fecal;
- Cálculos renais.
Prevent
Senior
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