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domingo, 11 de junho de 2023

Entenda como a sua relação pode impactar sua saúde

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Enquanto os relacionamentos saudáveis ajudam na autoestima, felicidade e bem-estar, os relacionamentos tóxicos podem causar consequências negativas para o corpo e mente

 

Estar em um relacionamento pode trazer uma série de benefícios para a vida de uma pessoa. As relações, quando saudáveis, ajudam na construção da autoestima, conexão emocional, empatia e criatividade, além, é claro, de proporcionar alegria e outros sentimentos benéficos para a saúde.

As relações sadias também impactam positivamente na comunicação, uma vez que se entende que o vínculo afetivo proporciona espaços para diálogo, opiniões, expressão de emoções e negociações para resolver possíveis problemas do dia a dia de um casal.

"Em um relacionamento saudável, busca-se uma série de potencialidades, como o respeito, confiança, autonomia, carinho, atenção e liberdade. É importante destacar que esses elementos não excluem a ocorrência de conflitos ou discussões. No entanto, quando tais situações surgem, existem conversas com o intuito de solucionar os problemas da melhor forma possível", afirma Ligia Kaori Matsumoto, psicóloga do Hospital Dia M’Boi Mirim I, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

De fato, relacionar-se proporciona vantagens tanto no âmbito mental quanto físico. Isso ocorre porque as conexões amorosas também liberam diferentes hormônios no corpo, como ocitocina, vasopressina e endorfina, que promovem sensações de bem-estar e ajudam a combater o estresse.

As trocas saudáveis entre parceiros contribuem ainda para a imunidade do organismo e para a saúde do coração, podendo ajudar a aumentar a expectativa de vida e reduzir as chances de desenvolver depressão, por exemplo.

 

Relações tóxicas e seus impactos negativos:

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Por outro lado, estar envolvido em um relacionamento com níveis de toxicidade pode ter consequências extremamente negativas na vida de uma pessoa, pois nesse tipo de vínculo são comuns comportamentos abusivos, falta de respeito, manipulação e controle excessivo.

De acordo com a psicóloga, qualquer pessoa pode ser vítima de uma relação abusiva e muitas vezes nem perceber. "Um bom termômetro que pode indicar que algo não está bem é que a qualidade de uma relação não pode ser avaliada pelos momentos de exceção, mas sim pela rotina", enfatiza.

A profissional explica ainda que esses abusos podem ocorrer de forma verbal, física, emocional e sexual. Portanto, alguns sinais não devem ser normalizados, mas sim vistos como indícios de que algo está errado.

"É preciso estar atento quando surgem humilhações, mesmo que sejam disfarçadas de 'brincadeiras'. Outro alerta é quando ocorre o afastamento de amigos e familiares por solicitação de uma das partes do relacionamento. Além disso, também requer atenção quando são impostas mudanças no comportamento, insinuando que trarão benefícios para o bem-estar ou aparência, e quando há atitudes de superproteção que desvalorizam a vítima e retiram sua autonomia e poder de decisão", relata Ligia.

Nesse tipo de relação a autoestima acaba sendo prejudicada devido às frequentes críticas e desvalorização. A confiança e o respeito são substituídos por desconfiança e ciúmes excessivos. Já a criatividade e a alegria são reprimidas pela negatividade e pelo estresse emocional. A comunicação também é afetada, já que não há espaço para o diálogo, tornando-se comum as manipulações e os jogos de poder.

A exposição prolongada a um relacionamento tóxico também pode aumentar o risco de desenvolver doenças mentais, como ansiedade e depressão, além de causar sintomas físicos como insônia, dores de cabeça, distúrbios alimentares e mal-estar.

Em síntese, enquanto um relacionamento saudável pode ter impactos bastante positivos na vida de uma pessoa, o relacionamento tóxico acaba por ter efeitos destrutivos. Por essa razão, é de extrema importância buscar apoio emocional em pessoas de confiança e, se necessário, contar com a ajuda profissional. 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejam.org.br/noticias.


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