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terça-feira, 13 de junho de 2023

Economista da ESPM dá dicas sobre como os casais podem organizar a vida financeira

Uma relação, baseada em amor e afeto, é linda, mas como fica a relação se houver vulnerabilidade com a questão financeira? Afinal, amor e dinheiro são realmente assuntos que não devem se misturar?

Segundo Paula Sauer, professora de economia comportamental do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM, é o contrário. "É sim preciso conversar sobre dinheiro e como o casal pretende organizar sua vida financeira. O brasileiro vive em um país com uma das maiores desigualdades sociais do planeta, falar de dinheiro é extremamente íntimo. Por outro lado, se não gosta de falar, curte ostentar, gosta de comentar o destino das últimas férias, a marca das roupas que usa, as chaves do carro, tira foto até do que comeu se entender que o restaurante é bacana. Isso mostra o quanto o dinheiro é simbólico na vida das pessoas”.

Para a especialista muitas vezes o status está relacionado ao sucesso, liberdade e possibilidades, mas na falta do dinheiro o sujeito sente como se tivesse perdido seu chão simbólico. “No namoro e também no casamento não é muito diferente, os casais querem mostrar o melhor de si e ostentam, um dos lados pode estar fazendo um raio X do comportamento financeiro do outro”.

O assunto é tão delicado que a pesquisa longitudinal (ao longo do tempo) realizada pelo Serasa, sempre evidencia o quanto os cônjuges escondem sua vida financeira um do outro. A maioria dos casais não conta para o parceiro o quanto recebe de salário, quanto tem em aplicações financeiras ou dívidas. Não é raro em caso do falecimento de um dos cônjuges a família estar contando com uma herança e de deparar com dívidas.

“Antes de juntar os trapinhos e dizer o sim para o amor da sua vida, é fundamental ter uma conversa franca sobre dinheiro, hábitos de consumo, entender o significado do dinheiro para cada um, para não ter surpresas depois”, diz Sauer.

A segunda causa de divórcios no Brasil se dá em função da incompatibilidade Financeira. O primeiro motivo é a dificuldade de comunicação. Deve-se ter calma, explica a especialista, porque falar sobre dinheiro é uma dificuldade não só do brasileiro, mas é necessária para todos.

 

Fonte: Paula Sauer - professora de economia comportamental da ESPM


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