Dia 3 de junho é o Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil
O tema é motivo de preocupação da Sociedade
de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) que faz um alerta sobre a crescente
problemática da obesidade entre crianças e adolescentes no estado. O relatório
público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de
pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, aponta que, até meados de
setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram
diagnosticadas com obesidade. Em 2021, a APS diagnosticou obesidade em 356 mil
crianças dessa mesma idade. A condição traz consequências graves para a saúde
física e mental dos pequenos, como o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, diabetes tipo 2, distúrbios alimentares e baixa autoestima.
A
pediatra e membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS),
Cristiane Kopacek, ressalta a importância dos pais terem consciência sobre a
relevância de uma alimentação saudável.
"É
fundamental discutir as dúvidas com o pediatra, mas o bom senso desempenha um
papel crucial. Se perguntarmos a uma criança qual é a opção mais saudável entre
uma maçã e uma bolacha recheada, ela saberá responder que a fruta é melhor.
Portanto, é importante que os pais também se preocupem em educar seus filhos em
relação ao comportamento alimentar", afirma.
A
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) está comprometida em
combater a obesidade infantil e trabalhar em parceria com pais, escolas e
profissionais de saúde para promover um ambiente favorável à saúde e ao
bem-estar das crianças. Reforça a importância de adotar hábitos alimentares
saudáveis, incentivar a prática regular de atividades físicas e limitar o
consumo de alimentos ultraprocessados. Além disso, é essencial o acompanhamento
pediátrico regular para monitorar o crescimento e desenvolvimento das crianças,
identificar precocemente o risco de obesidade e proporcionar intervenções
adequadas.
Atualmente,
a região Sul possui 11,52% de crianças obesas nessa faixa etária, maior índice
do País. Em seguida aparecem as regiões Sudeste, com 10,41%; Nordeste, com
9,67%; Centro-Oeste, com 9,43%; e Norte, com 6,93% das crianças acompanhadas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região.
A
Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) do Ministério da Saúde
reconhece a obesidade como um problema de saúde pública. Por ser multifatorial, a doença exige
intervenções
integradas de diversos setores, além da saúde,
para deter o avanço e garantir o pleno desenvolvimento durante
a infância.
Marcelo Matusiak
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