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Médico faz a demarcação do sítio cirúrgico em paciente, para iniciar o procedimento de restauração capilar. Divulgação |
Procedimentos feitos por cirurgiões plásticos e dermatologistas têm prós e contras que devem ser avaliados conforme a necessidade dos pacientes
Você sabe quais são as técnicas usadas no
transplante capilar? Graças aos avanços da medicina, hoje contamos com mais de
uma opção. Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens, mas o foco deve estar
em encontrar a melhor solução para cada tipo de caso, sempre priorizando o
melhor resultado e, acima de tudo, a saúde e segurança do paciente.
Segundo os médicos cirurgiões e dermatologistas,
que são os profissionais aptos para realizar transplantes capilares, há
diversos fatores que afetam a escolha da técnica adequada. “Nós analisamos, por
exemplo, se a quantidade de cabelo desejada é possível ser alcançada, se pode
ser transplantada e a área em que será feito o implante”, ressalta Dr. Henrique
Radwanski, presidente da ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia da
Restauração Capilar).
Conheça as principais técnicas de transplante
capilar realizadas no Brasil:
FUT – Transplante de Unidades
Foliculares
Essa é a técnica mais clássica em transplante capilar,
e consiste na retirada de uma faixa de pele do couro cabeludo - os fios dentro
dessa faixa são implantados na zona calva, seja no couro cabeludo ou na
barba.
O FUT é a base de quase todos os princípios dos
transplantes capilares que são usados atualmente. O método pode ser feito tanto
com anestesia geral quanto local, e demanda uma equipe profissional qualificada
no preparo dos enxertos e durante o procedimento.
Segundo os especialistas, uma das limitações dessa
técnica é a necessidade de uma cicatriz linear no couro cabeludo - o que
assusta os pacientes em um primeiro momento. No entanto, quando o procedimento
é feito com excelência, essa cicatriz fica imperceptível, não afetando a
autoestima do paciente.
FUE – Unidade Folicular de
Extração.
A técnica FUE (Unidade Folicular de Extração)
surgiu nas últimas duas décadas e ganhou notoriedade exatamente por não ter a
necessidade da cicatriz linear, já que os fios são removidos um a um com
pequenas perfurações circulares, que deixam mínimas cicatrizes no couro
cabeludo.
Entre os benefícios, a técnica oferece menos dor e
a recuperação costuma ser mais rápida. Por outro lado, a chance de perder ou
traumatizar os enxertos é maior, por isso é preciso mais habilidade e
conhecimento do profissional que realiza a cirurgia, que dura em média de oito
a dez horas.
FUE com DNI (Implanter com
Agulha Sem Corte)
Nesta técnica criada pelo cirurgião plástico
brasileiro Dr. Mauro Speranzini, ex-presidente da ABCRC, usa-se uma agulha não
afiada, sem corte, que substitui a tradicional pinça para colocação dos
folículos na zona calva. Entre as vantagens deste procedimento estão as
incisões menores, com mínimas cicatrizes e inchaço, além de melhor circulação
sanguínea – o que reduz o risco de lesão dos fios que serão implantados.
Importante ressaltar que o transplante capilar é
uma cirurgia e que exige cuidados antes, durante e após a sua realização. Pesquisar
bem sobre o especialista antes de fazer o procedimento, entender o processo
como um todo, sentir segurança na equipe e calibrar as expectativas são passos
importantes. Embora o transplante capilar possa proporcionar um crescimento de
cabelo notável, não é garantido o crescimento do cabelo em 100% da área
transplantada e pode levar algum tempo para que ele cresça completamente.
ABCRC
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