Instituições precisam investir em políticas públicas que englobam o despertar da consciência
Com a chegada do mês do Meio Ambiente se torna
ainda mais necessário levar conhecimento para a população sobre mudanças e
impactos reais. Depois que se tem a dimensão do quanto o descarte inadequado do
lixo impacta a economia, é possível pensar em formas de amenizar o
problema. Um levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostra que, mais de 70% das cidades
brasileiras já possuem coleta seletiva. No entanto, somente 30% das pessoas
separam o lixo seco do orgânico.
O Brasil é um dos países que menos recicla no
mundo: somente 3% dos resíduos são destinados corretamente. Como consequências
diretas, temos a poluição ambiental, a degradação dos ecossistemas, a extração
de novas matérias-primas virgens e a perda de R$ 14 bilhões ao ano para a
economia. A falta de investimento no setor consolida relações de trabalho
informais, com baixa qualificação e remuneração para os catadores, que na
maioria das vezes não possuem condições adequadas de trabalho, como equipamento,
segurança ou remuneração justa.
Saville Alves, CEO e Líder de Negócios da SOLOS, startup de impacto
socioambiental, acredita que o descarte correto transforma. Por isso, o
primeiro passo para a diminuição do impacto dos resíduos sólidos é a coleta
seletiva, assim, o mundo colabora com a geração de renda para os trabalhadores
urbanos que recolhem os resíduos sólidos recicláveis e para uma cadeia
produtiva mais equilibrada. Diminuir o consumo de forma mais responsável
são elementos essenciais: sempre que possível, é importante optar por produtos
menos industrializados/processados, pesquisar e avaliar todo o
ciclo da cadeia produtiva de um determinado produto até chegar ao destino
final, o consumidor.
E como separar?
- Não misture recicláveis com orgânicos (sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes, por exemplo). Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados.
- Lave as embalagens, latas, garrafas e frascos de vidro e plástico. Seque-os bem antes de depositar nos pontos de coleta.
- Os papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas, de preferência, não amassados.
- Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com outros tipos de vidros.
- Separe
o lixo eletrônico: o descarte incorreto desses materiais pode
contaminar o solo com os componentes pesados. Eletrodomésticos podem ser
enviados a ferros velhos ou postos de coleta específicos.
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