Estudo realizado pela SPUTNiK revelou que a intenção faz parte
das principais macrotendências a guiar líderes e equipes em 2023 (e no futuro)
O trabalho se transforma rapidamente. E, cada vez mais, o desenvolvimento de colaboradores e suas competências se torna essencial para a criação de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Assim, em um mundo influenciado por novas tecnologias a todo momento e necessitado de novas propostas que substituam modelos datados de cultura corporativa, qual é o papel da intencionalidade?
O termo explicita a relação intrínseca entre o ambiente corporativo, e o trabalho individual e subjetivo, aplicando um juízo crítico sobre o processo de aprendizagem, com uma compreensão de si mesmo e do lugar que se ocupa. Buscando caminhos que o mercado tem tomado para alcançar uma aprendizagem de alto impacto, a SPUTNiK, hub de educadores e profissionais especialistas em soluções de aprendizagem para educação dentro das empresas, desenvolveu uma pesquisa que mapeou as principais macrotendências que estão guiando as lideranças em 2023 e no futuro. O estudo teve como base os pilares de cultura e lifewide & lifelong learning, trabalhados pela SPUTNiK junto às empresas e já consolidados como um "must do" dos negócios de sucesso.
De acordo com Mari Achutti, fundadora e CEO
da SPUTNiK, as empresas precisam operar de modo que a intenção individual se
materialize em uma jornada de aprendizagem. “Cada pessoa tem uma intenção
diferente. Por isso a aprendizagem autodirigida é tão poderosa”, explica.
A empresa mapeou 3 reflexões sobre o propósito
da intencionalidade e de seu impacto, tanto no ambiente de
trabalho quanto na qualidade de vida dos colaboradores. Confira:
Compreensão
do sujeito
A linha que divide o “ser profissional” do
“ser pessoal” é imaginária e, em si, não existe. Os interesses confluem e as
duas partes devem estar em equilíbrio. No trabalho, existe propósito; e, em
propósito, intenção. O que acontece fora do horário de expediente impacta
diretamente o fluxo de atividades do colaborador.
Para a autora, pesquisadora, especialista em inovação no mercado de trabalho, e professora da SPUTNiK, Tonia Casarin, “essa mecanização é tão cruel que acabamos esquecendo que somos seres integrais. A linha imaginária que traçamos na mente para separar o ‘ser profissional’ do ‘pessoal’ nunca existiu. Eles caminham juntos e afetam a vida como um todo. Portanto, o que acontece dentro da empresa tem relação direta com o pós-expediente e vice-versa”.
O ser humano é multifacetado e, se suas relações impactam diretamente na maneira com que ele se comporta e interage consigo e com suas demandas, então, seu próprio trabalho também reflete suas subjetividades. Nesse ponto, cabe às empresas entenderem que seus colaboradores existem e, portanto, têm propósitos e soluções - que devem ser encorajados. Já aos colaboradores, também cabe a compreensão contemplativa e consciente de suas ações para além do produto material - algo que precisa ser encontrado junto às lideranças.
Indústrial
x Participativo
Estamos vivendo uma nova revolução
industrial, explicitada pela ideia da Indústria 4.0. Modelos de produção que se
baseiam em linhas de montagem, onde cada indivíduo é responsável por uma única
tarefa, que se manifesta de maneira mecânica, estão cada vez mais datados.
Com a evolução dos meios de produção e de novas tecnologias que impactam diretamente a lógica do trabalho humano, também é necessário que as empresas desenvolvam o propósito participativo de seus colaboradores. Em um mundo tomado pela multiplicidade e velocidade de circulação de informações e dados, as soluções precisam ser cocriadas - de forma a se tornarem mais assertivas, completas e ágeis.
Treinamento
caduco
O conceito de treinamento das empresas está
aplicado dentro de um modelo de trabalho retrógrado que, diante das
transformações da modernidade, não é capaz de suprir a necessidade imposta pelo
novo mercado. Para Achutti, “A palavra ‘treinar’ remete automaticamente a algo
imposto. Inclusive tem como sinônimo ‘adestramento’, e aplicação ‘treinar para
disputas’. Claramente, temos que revisitar essa expressão para algo mais
condizente com os valores contemporâneos de educação”.
Dessa forma, não é suficiente partir da proposta de treinamento somente pelo caráter utilitário de sua finalidade. Em um mundo em que a subjetividade e a criação de soluções transformadoras são essenciais, é necessário formar atores. E, nesse sentido, a utilização de técnicas pré-definidas e pouco reflexivas é insuficiente para o desenvolvimento de uma equipe.
Assim, a criação de propostas que visam à subjetividade, à construção participativa e ao senso crítico, serão cada vez mais necessárias para o desenvolvimento de ambientes saudáveis e produtivos.
SPUTNiK
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