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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Fevereiro recebe o laço laranja para conscientizar sobre a leucemia

Transplante de Medula Óssea é o tratamento que apresenta mais chances de cura

 

Fevereiro começa trazendo o alerta sobre a leucemia e reforçando a importância da doação de medula óssea. Existem vários tipos de leucemia, sendo 4 deles os principais: Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Mielóide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e a Leucemia Linfocítica Crônica (CLL).

A medula óssea, também conhecida como tutano, fica localizada dentro dos nossos ossos e é responsável por fabricar todos os elementos do nosso sangue através de células-tronco hematopoiéticas que são capazes de se diferenciar nos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

A leucemia é um câncer que tem início nas células-tronco da medula óssea fazendo com que as células sanguíneas doentes atrapalhem a produção das células sanguíneas saudáveis da medula óssea. O quadro clínico e a evolução da doença variam conforme o tipo de leucemia. O tratamento também varia conforme o tipo de leucemia podendo ser com quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapias alvo e com transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). O TCTH consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável.

Lorena Bedotti, hematologista do Grupo SOnHe, explica que o TCTH é um procedimento indicado para o tratamento de leucemias, linfomas, distúrbios benignos da medula óssea, doenças autoimunes, entre outros. “Apesar de ser um tratamento complexo, de alta demanda e com riscos, o TCTH é ainda indicado por ser a melhor chance de cura para diversas doenças”, reforça a hematologista.

O TCTH pode ser autólogo, quando as células-tronco vêm do próprio paciente ou alogênico, quando vêm de um doador. A busca tem início entre os familiares pois, geralmente, irmãos são os que apresentam maior chance de ter 100% de compatibilidade. Quando isso não ocorre, é necessário buscar no REDOME, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, um doador compatível, sendo por isso importante o cadastro de doadores. As células hematopoiéticas podem ser obtidas pela coleta da medula óssea, pelo sangue por meio de um procedimento chamado aférese e pelo sangue de cordão umbilical. “No transplante de medula, a rejeição é relativamente rara, mas pode acontecer. Os principais riscos se relacionam às infecções, às toxidades às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento e, no caso dos transplantes alogênicos, a doença do enxerto contra hospedeiro (DECH), que é o ataque das células novas a alguns órgãos do paciente; complicação relativamente comum, porém tratável”, explica a hematologista Lorena Bedotti.

 

Quem pode doar e como doar? 

Pessoas saudáveis, entre 18-35 anos, sem doenças infecciosas, incapacitantes, neoplasias, doenças hematológicas ou autoimunes podem se cadastrar nos bancos de sangue dos Hemocentros para serem doadores não aparentados no REDOME e, assim, ajudar esses pacientes a aumentarem suas chances de cura. Nesta etapa de cadastro há somente a coleta de uma amostra de sangue.

A doação de medula pode ocorrer de duas formas: na primeira o doador é anestesiado em centro cirúrgico e são realizadas punções no osso da bacia para retirada da medula; na segunda forma, o doador injeta um medicamento que estimula a produção de células da medula que serão então retiradas pelas veias dos braços pelo procedimento chamado aférese. Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em cerca de 15 dias. Em Campinas o cadastro da medula pode ser feito no Hemocentro da Unicamp. O telefone para informações é 0800 722 8432.

 

Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


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