A demanda por
profissionalização fez com que marcas e creators ficassem cada vez mais
exigentes; neste cenário,
habilidades
voltadas para gestão e empreendedorismo são fundamentais para gerar um negócio
consistente
A demanda por criadores de conteúdo teve aumento no
mercado. Essa crescente de creators começou durante o período da pandemia, o
que gerou maior investimento em marketing de influência no Brasil. No final de
2022, a consultoria Influencity Marketing Hub identificou
que cerca de 9 milhões de brasileiros são influenciadores digitais. Porém,
mesmo com o número significativo, ainda existem dúvidas acerca da nova
profissão, que ainda não conta com regulamentação no país.
Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que o setor de
microempreendedores individuais (MEI) apresenta a maior taxa de mortalidade de
negócios em até cinco anos. Segundo Luiz Menezes,
CEO da Trope, martech especializada
em soluções de negócios para marcas com foco na geração Z, todo criador de
conteúdo é considerado uma empresa e possui esse desafio como empreendedor de
fazer com que o próprio negócio prospere no longo prazo.
Para Menezes, é possível sim fazer carreira estável
como criador de conteúdo. Mas essa estabilidade está atrelada à saudabilidade
da receita, na qual é analisada a variação das fontes de renda (entrada e
faturamento). “Não adianta depender só de publicidade, que é uma receita
volátil, e querer ter uma carreira longa, é preciso pensar em outras
estratégias para ir se aprimorando no mercado”, explica.
Aliado a isso, o mercado hoje pode ser avaliado
como saturado, mas não de modo geral. Luiz explica que muitos creators ainda
não conseguem gerir seus próprios negócios justamente devido a alta
competitividade, ao passo que há nichos que ainda não foram explorados na
internet.
O especialista afirma se tratar de um mercado
bastante concorrido e, por vezes, a quantidade de creators no mesmo segmento é
muito significativa. “Eu sempre faço alusão a uma pizza que está crescendo,
porém tem mais gente querendo comer um pedaço dessa pizza, consequentemente, as
fatias acabam ficando menores”, exemplifica.
O Brasil possui um grande desafio para com o
empreendedorismo e a inovação, pois não há educação empreendedora nas
instituições de ensino, sem contar que o marketing de influência é algo relativamente
recente. De acordo com Menezes, a premissa de que ‘qualquer um pode fazer’ é
bastante relativa, pois mesmo se dedicando, pessoas que possuem base de
empreendedorismo e contato com marketing digital saem na frente das demais.
Diante disso, para Menezes, os principais desafios
que os criadores de conteúdo devem enfrentar em 2023 estão relacionados à
questões voltadas para o empreendedorismo. “É importante ter planejamento,
estudar formas de expandir os serviços prestados, criar produtos em colaboração
com marcas ou por si só. Porque além de criar conteúdo de qualidade, é preciso
conseguir fazer com que vire um negócio autossustentável e assim se torne uma
receita, gerando faturamento e lucro”, finaliza.
www.trope.se
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