O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta a
necessidade da adoção de medidas preventivas
No dia 4 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial do Câncer. A data foi criada para conscientizar a população sobre as medidas preventivas e a importância do diagnóstico precoce da doença. “O avanço das pesquisas, tanto para o diagnóstico como para os tratamentos dos tumores cancerígenos, traz um novo panorama para a oncologia. Já podemos vislumbrar o câncer como uma doença crônica”, avalia o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Para o oncologista, apesar do cenário otimista para os pacientes com câncer, o país ainda precisa investir na prevenção. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 704 mil casos novos de câncer para o triênio 2023-2025. As regiões Sul e Sudeste devem concentrar 70% dos registros: “Uma parcela significativa dos diagnósticos é realizada quando a doença já está em estágio avançado. Isso aumenta os riscos de insucesso no tratamento, reduz a qualidade de vida do paciente, bem como amplia as despesas de saúde”.
O câncer é a segunda causa de mortes no mundo. No Brasil, o tumor oncológico com maior incidência é o de pele não melanoma, que responde por 31,3% do total de registros. Em seguida, vem o câncer de mama feminino (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
“Estudos internacionais mostram que entre 30% e 50% dos cânceres podem ser evitados ou alcançar maiores percentuais de cura por meio de estratégias de prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado”, orienta Ramon Andrade de Mello. Segundo ele, fatores de riscos como alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, ausência de atividades físicas regulares, bem como o consumo de álcool e tabaco ampliam significativamente a possibilidade de diagnóstico da doença ao longo dos anos.
O oncologista lembra ainda que medidas preventivas, como a vacinação de meninas e meninos contra o HPV (Papilomavírus humano), podem reduzir os casos de câncer relacionados a essa doença sexualmente transmissível. “Alguns casos de câncer, como do colo do útero e anal, podem ser evitados se a população receber as vacinas no período adequado”.
Dr.
Ramon de Mello -oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert
Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP. Confira
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