Perder a virgindade representa uma experiência que ficará para sempre na recordação da mulher. Idealizar como, quando e com quem faz parte do imaginário e que vem logo seguida de uma pergunta - perder a virgindade dói? É o suficiente para causar uma ansiedade que pode causar um medo e bloqueio em muitas mulheres.
Mas, afinal, dói perder a virgindade? A fisioterapeuta pélvica,
Débora Pádua de SP, especialista em dor na relação, explica que essa é uma
resposta impossível de responder. Para ela, cada mulher irá descobrir seu
limite à sensação de dor e sentir isso de forma única. “Mas, vários fatores
importam neste momento, a conexão com o parceiro, o quanto ela está se sentindo
segura e, do aspecto fisiológico, o quanto ela está estimulada sexualmente para
ter lubrificação suficiente para tornar a penetração mais confortável”, fala.
Ela conta ainda que não conseguir na primeira tentativa é
absolutamente normal e toda a experiência para as próximas tem que ser um
processo sem pressa de vencer etapas com confiança e naturalidade. “É
compreensível que as próximas tentativas vão sendo cercadas de mais
expectativas e isso pode significar mas tempo para a mulher se sentir preparada
ou, em outras mulheres, pode gerar mais bloqueios e frustração para perder a
virgindade”, fala.
Conversar sobre o assunto e trocar experiências nem sempre é a
solução, principalmente, se a mulher for se comparar com outra. Mas, a
especialista ressalta que a experiência é única e envolve os próprios fatores
emocionais e biológicos para vivenciar esse momento.
“Para começar, é um mito acreditar que sempre vai doer para
perder a virgindade. Ou que o hímen será rompido - o que caracteriza
fisiologicamente a mulher deixar de ser virgem, e ainda, que sangrará na
primeira vez. Mas, ao sentir frequentemente dor ou incapacidade para permitir a
penetração, a mulher pode estar enfrentando um problema de vaginismo que
apresenta-se de diferentes maneiras, algumas mulheres realizam exames ginecológicos, mas não são capazes de ter uma relação
sexual. Outras que já se iniciaram sexualmente conseguem ter somente penetração
parcial porque sentem dor, ou ainda, há casos de mulheres que são casadas e
continuam virgens porque não permitem a penetração”, avisa.
A especialista em dor na relação sexual desde 2004, fala que a
fisioterapia pélvica - uma especialidade que tem como objetivo estudar,
avaliar, prevenir e tratar todos os distúrbios associados à musculatura pélvica
-- trabalhar com técnicas e exercícios específicos para tratar a dor na relação
e distúrbios sexuais como vaginismo, dispareunia, disfunção erétil. “Somente um
profundo conhecimento da fisiologia da mulher e todos os aspectos que envolvem
a questão, como apoio psicológico e médico, quando necessário, é que
conseguimos compreender verdadeiramente a mulher que esteja passando por esse
problema que tem sim solução e que tira a tranquilidade de toda mulher que sofre
com a dor”, finaliza.
Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Especialista em fisioterapia pélvica desde 2004, atua desde 2014 em clínica própria no tratamento exclusivo de dor na relação. É criadora de um método de tratamento exclusivo e personalizado de acordo com a necessidade de cada mulher, para romper o chamado ‘ciclo da dor’. Já atendeu mais de 5.000 mulheres que tiveram suas vidas transformadas pelos resultados alcançados. vaginismo
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