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terça-feira, 22 de novembro de 2022

Perder a virgindade dói? Especialista comenta.

Perder a virgindade representa uma experiência que ficará para sempre na recordação da mulher. Idealizar como, quando e com quem faz parte do imaginário e que vem logo seguida de uma pergunta - perder a virgindade dói? É o suficiente para causar uma ansiedade que pode causar um medo e bloqueio em muitas mulheres.  

Mas, afinal, dói perder a virgindade? A fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua de SP, especialista em dor na relação, explica que essa é uma resposta impossível de responder. Para ela, cada mulher irá descobrir seu limite à sensação de dor e sentir isso de forma única. “Mas, vários fatores importam neste momento, a conexão com o parceiro, o quanto ela está se sentindo segura e, do aspecto fisiológico, o quanto ela está estimulada sexualmente para ter lubrificação suficiente para tornar a penetração mais confortável”, fala. 

Ela conta ainda que não conseguir na primeira tentativa é absolutamente normal e toda a experiência para as próximas tem que ser um processo sem pressa de vencer etapas com confiança e naturalidade. “É compreensível que as próximas tentativas vão sendo cercadas de mais expectativas e isso pode significar mas tempo para a mulher se sentir preparada ou, em outras mulheres, pode gerar mais bloqueios e frustração para perder a virgindade”, fala.  

Conversar sobre o assunto e trocar experiências nem sempre é a solução, principalmente, se a mulher for se comparar com outra. Mas, a especialista ressalta que a experiência é única e envolve os próprios fatores emocionais e biológicos para vivenciar esse momento. 

“Para começar, é um mito acreditar que sempre vai doer para perder a virgindade. Ou que o hímen será rompido - o que caracteriza fisiologicamente a mulher deixar de ser virgem, e ainda, que sangrará na primeira vez. Mas, ao sentir frequentemente dor ou incapacidade para permitir a penetração, a mulher pode estar enfrentando um problema de vaginismo que apresenta-se de diferentes maneiras, algumas mulheres realizam exames ginecológicos, mas não são capazes de ter uma relação sexual. Outras que já se iniciaram sexualmente conseguem ter somente penetração parcial porque sentem dor, ou ainda, há casos de mulheres que são casadas e continuam virgens porque não permitem a penetração”, avisa.  

A especialista em dor na relação sexual desde 2004, fala que a fisioterapia pélvica - uma especialidade que tem como objetivo estudar, avaliar, prevenir e tratar todos os distúrbios associados à musculatura pélvica -- trabalhar com técnicas e exercícios específicos para tratar a dor na relação e distúrbios sexuais como vaginismo, dispareunia, disfunção erétil. “Somente um profundo conhecimento da fisiologia da mulher e todos os aspectos que envolvem a questão, como apoio psicológico e médico, quando necessário, é que conseguimos compreender verdadeiramente a mulher que esteja passando por esse problema que tem sim solução e que tira a tranquilidade de toda mulher que sofre com a dor”, finaliza.

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Especialista em fisioterapia pélvica desde 2004, atua desde 2014 em clínica própria no tratamento exclusivo de dor na relação. É criadora de um método de tratamento exclusivo e personalizado de acordo com a necessidade de cada mulher, para romper o chamado ‘ciclo da dor’. Já atendeu mais de 5.000 mulheres que tiveram suas vidas transformadas pelos resultados alcançados. vaginismo


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