Com a chegada da
Copa do Mundo, especialistas do CEJAM dão dicas de como reduzir as chances de
contusões em campo
A prática do aquecimento antes da realização de
qualquer atividade física é um hábito consagrado para todos os esportistas,
atletas e profissionais e seus benefícios vão além da prevenção de lesões.
Com o início da Copa do Mundo, no Catar, em 20 de
novembro, fica em evidência os cuidados a serem tomados para que as contusões
sejam evitadas durante as partidas de futebol, principalmente quando se trata
de um esporte que é paixão nacional e o Brasil é um dos favoritos para
conquistar o hexacampeonato em 2022.
Conforme o ortopedista Dr. Carlos Gorios, que atua
no Hospital Geral de Carapicuíba, gerenciado pelo CEJAM - Centro de
Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, em parceria com a Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo, com o aquecimento, há um aumento do fluxo sanguíneo para
os músculos, melhorando o seu preparo para as exigências durante a partida de
futebol, diminuindo, assim, a probabilidade de lesões.
O aquecimento, segundo ele, também lubrifica as
articulações, diminuindo a probabilidade de dor durante a partida. “Ele pode
ser realizado através de massagens e alongamentos dinâmicos, passes de curta
distância, corrida no lugar, condução de bola, deslocamentos laterais, entre
outras formas. Os cuidados necessários que devemos ter durante o aquecimento é
de mantermos um ritmo leve, para estimular o sistema cardiorrespiratório,
aumentando a frequência cardíaca, sem levar o atleta ao cansaço”, detalha o
especialista.
Em linha, Washington Souza, profissional de
Educação Física e ex-jogador profissional de futebol, atuante na Unidade Básica
de Saúde (UBS) Jardim Comercial, administrada pelo CEJAM em parceria com a
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, adiciona que a duração do
aquecimento é geralmente de 15 a 20 minutos e deve ser iniciado em torno de 30
minutos antes da partida. Outra dica de Washington é o treino de musculação para correção de fraquezas
e desequilíbrios musculares. “O futebol envolve acelerações, desacelerações e
mudanças de direção frequentes e, quando a musculatura não responde
adequadamente, há o risco de lesões”, explica.
As lesões mais frequentes durante a partida de
futebol, segundo a literatura, são: contusões (choque entre jogadores), lesões
musculares, entorses e tendinite (inflamação dos tendões). Outras lesões, menos
frequentes, mas não menos importantes são: concussão cerebral (traumatismo
craniano), lesões ligamentares e fraturas.
A prevenção pode ser realizada de diversas formas:
pré-condicionamento físico, utilização de chuteiras adequadas para determinado
tipo de gramado, aquecimento e alongamento previamente à partida e menor
exposição a treinos e jogos, fazendo com que o corpo do atleta não entre em
fadiga.
“Os primeiros cuidados que devemos ter com o
atleta, mediante uma lesão durante a partida de futebol, é parar de jogar
imediatamente, prevenir a região afetada, através de imobilização provisória e
compressas de gelo, para, posteriormente, realizar uma melhor investigação da
lesão e sua gravidade, realizando um exame físico adequado e exames de imagem.
Se forçamos a natureza, mantendo o atleta na partida, podemos agravar a lesão,
prejudicando a sua recuperação”, pontua Dr. Gorios.
Para além do futebol, a atividade física contribui
com a saúde e com a melhora na qualidade de vida. Ademais, é um excelente
método de prevenção para combater doenças crônicas, como diabetes, pressão alta
e doenças do coração.
Dr. Gorios finaliza reiterando que a prática da
atividade física é importante também para o pleno desenvolvimento humano e deve
ser realizada em todas as fases da vida.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João
Amorim”
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