A matemática é considerado um dos vilões na vida dos estudantes, mas afinal, por que ficamos ansiosos diante de cálculos matemáticos? Entenda
“Deus
criou 1+1 e o diabo criou X+Y”. Quem nunca ouviu frases como essa durante a
escola? Elas fazem parte da convenção de que a matemática é uma matéria difícil
de ser assimilada e seus conceitos, complexos demais para serem compreendidos,
mas quanto disso é realmente verdade e quanto diz respeito ao nosso
psicológico? Conheça a ansiedade matemática.
O que
é a ansiedade matemática?
De
acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr.
Fabiano de Abreu Agrela, em seu artigo “Ansiedade matemática e inteligência”, publicado pela
editora Atena, a ansiedade matemática é “um conjunto de crenças, sintomas
físicos e emocionais que algumas pessoas experimentam ao lidar com matemática”.
Ela é
caracterizada pela apatia ou repulsa dos alunos pela matemática, mas a
ansiedade matemática vai além dos sintomas físicos, também podendo causar
sensações desagradáveis, antecipação de punição e pode desencadear uma série de
efeitos negativos.
A
ansiedade matemática tem raízes em ideias negativas socialmente aceitas sobre a
matemática que, muitas vezes, não refletem a realidade, ela pode ser até
configurada como uma fobia causada por sentimentos de desamparo e tensão diante
de estímulos que envolvem cálculos e números.
“A
ansiedade à matemática apresenta três elementos emocionais, um ambiente
específico e três critérios delimitadores. Reações fisiológicas sentidas e
relatadas como desagradáveis, tais com taquicardia, sudorese, extremidades
frias, gastrologias, dores de cabeça, náuseas. Sentimentos de fuga e esquiva
que tem por função a retirada da estimulação aversiva, faltar a aula, ficar
doente no dia da prova. Reações cognitivas peculiares, de maneira negativas à
matemática” Afirma no artigo.
Como a
ansiedade matemática pode ser tratada ou evitada?
Por
ser um problema profundamente enraizado na nossa mente e na própria sociedade,
a ansiedade matemática não é fácil de ser superada, mas para isso, é necessário
que três pilares importantes unam forças: O professor, a escola e a família.
“O professor desempenha papel importantíssimo, pois a forma como a disciplina será aplicada, ensinada, influenciará no sentimento adquirido em relação à matéria. [...] É muito importante que o aluno que apresente ansiedade matemática conte ao seu docente e aos familiares para que as devidas providências sejam tomadas tanto pela escola, quanto pela família. A escola pode atuar com a psicopedagoga e a família precisa ver de onde é a raiz do problema para que o mesmo seja solucionado rapidamente”. Explica Dr. Fabiano de Abreu no artigo.
Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela
- PhD em neurociências, mestre em
psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia
com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do
Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital
Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia
da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de
Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da
Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados
Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela
Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na
Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa
de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa
International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.
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