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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Ansiedade matemática: Por que as pessoas têm medo de cálculos

A matemática é considerado um dos vilões na vida dos estudantes, mas afinal, por que ficamos ansiosos diante de cálculos matemáticos? Entenda 

 

“Deus criou 1+1 e o diabo criou X+Y”. Quem nunca ouviu frases como essa durante a escola? Elas fazem parte da convenção de que a matemática é uma matéria difícil de ser assimilada e seus conceitos, complexos demais para serem compreendidos, mas quanto disso é realmente verdade e quanto diz respeito ao nosso psicológico? Conheça a ansiedade matemática.



O que é a ansiedade matemática?


De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, em seu artigo “Ansiedade matemática e inteligência”, publicado pela editora Atena, a ansiedade matemática é “um conjunto de crenças, sintomas físicos e emocionais que algumas pessoas experimentam ao lidar com matemática”.


Ela é caracterizada pela apatia ou repulsa dos alunos pela matemática, mas a ansiedade matemática vai além dos sintomas físicos, também podendo causar sensações desagradáveis, antecipação de punição e pode desencadear uma série de efeitos negativos.


A ansiedade matemática tem raízes em ideias negativas socialmente aceitas sobre a matemática que, muitas vezes, não refletem a realidade, ela pode ser até configurada como uma fobia causada por sentimentos de desamparo e tensão diante de estímulos que envolvem cálculos e números.


A ansiedade à matemática apresenta três elementos emocionais, um ambiente específico e três critérios delimitadores. Reações fisiológicas sentidas e relatadas como desagradáveis, tais com taquicardia, sudorese, extremidades frias, gastrologias, dores de cabeça, náuseas. Sentimentos de fuga e esquiva que tem por função a retirada da estimulação aversiva, faltar a aula, ficar doente no dia da prova. Reações cognitivas peculiares, de maneira negativas à matemática” Afirma no artigo.



Como a ansiedade matemática pode ser tratada ou evitada?


Por ser um problema profundamente enraizado na nossa mente e na própria sociedade, a ansiedade matemática não é fácil de ser superada, mas para isso, é necessário que três pilares importantes unam forças: O professor, a escola e a família.


O professor desempenha papel importantíssimo, pois a forma como a disciplina será aplicada, ensinada, influenciará no sentimento adquirido em relação à matéria. [...] É muito importante que o aluno que apresente ansiedade matemática conte ao seu docente e aos familiares para que as devidas providências sejam tomadas tanto pela escola, quanto pela família. A escola pode atuar com a psicopedagoga e a família precisa ver de onde é a raiz do problema para que o mesmo seja solucionado rapidamente”. Explica Dr. Fabiano de Abreu no artigo. 

  

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela   - PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.


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