De acordo com o Ministério
da Saúde, desde os anos 70, o brasileiro vem mudando sua alimentação com dietas
que não atendem às necessidades nutricionais do organismo. O consumo de
refrigerante, refeições prontas, misturas industrializadas cresceu, assim como
o de alimentos embutidos, como a salsicha, frios e linguiças, que aumentou
300%.
Henrique Santiago, médico
especialista em emagrecimento, comenta que estar acima do peso vai além das
questões estéticas. “Pode ocasionar problemas nas artérias, no cérebro, e
provocar doenças como diabetes e obesidade. Outro fator é que o consumo
excessivo da gordura saturada de origem animal provoca uma inflamação no
hipotálamo, região do cérebro que controla a fome e a saciedade. Isso
pode prejudicar os neurônios, já que a pessoa não se sente mais saciada e come
mais. Esse excesso provoca o que chamamos de estresse metabólico das células,
que ficam desorganizadas”, esclarece.
O especialista destaca
que, em uma alimentação saudável, a gordura deve representar 30% da composição.
“E desses 30%, apenas 7% pode ser gordura saturada. A maior parte para ser
considerada saudável deve ser a gordura de origem vegetal, que é a menos
prejudicial”, acrescenta.
O que fazer?
Henrique ainda ressalta
que, hoje, há pessoas que defendem a aceitação do corpo como ele é, mas esse
hábito merece atenção em determinadas circunstâncias, pois não se pode esquecer
que, quando o assunto é obesidade, precisa de cuidados. “Quando tem um problema
que afeta a saúde do nosso organismo, precisamos combatê-lo e buscar meios de,
pelo menos, minimizar os prejuízos que ele traz à nossa qualidade de vida”,
evidencia o médico.
Algumas mudanças são
simples e podem ser feitas por qualquer pessoa. “Evite carnes de porco,
linguiça, mortadelas, salame e presuntos com gordura. Opte por carnes magras
grelhadas, assadas ou cozidas, evitando refogar a comida por muito tempo. Ao
invés de manteiga ou margarina, dê preferência ao requeijão light, cream cheese
light, queijo tipo cottage e pastas à base de soja. Beba mais água e coma mais
fibras, contidas em frutas, verduras cruas e cereais integrais. Elas ajudam a
eliminar a gordura nociva do organismo”, sugere.
Caso faça mudanças e não
perceba nenhum efeito esperado, procure ajuda profissional. “Ele te
indicará a melhor dieta e saberá identificar se há algum problema metabólico,
hormonal ou deficiência de vitaminas e, assim, prescreverá um tratamento seguro
e eficaz”, finaliza o especialista.
Fonte: Henrique Santiago, médico,
pós-graduado em Nutrologia, especialista em emagrecimento, hipertrofia, reposição
e Implantes hormonais. Trabalha com o Método HCG, uma técnica especial de
emagrecimento.
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