SBMN alerta para os sintomas e a efetividade da Medicina Nuclear também no pós tratamento de alguns tumores
O mês de setembro também é marcado pela
campanha Setembro Dourado, que visa conscientizar acerca do câncer
infantojuvenil. Nessa faixa etária, a doença pode ter rápida evolução, o que
reforça a importância de um diagnóstico ágil e eficaz, visto que pouco se pode
fazer quanto à prevenção.“É fundamental reforçar que o câncer não é um problema
de pessoas idosas acometidas por outras comorbidades. Entre crianças e
adolescentes, os tumores podem apresentar alto risco e promover a mortalidade
dessa população”, explica a Dra. Adelina Sanches, diretora da Sociedade
Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).
Para se ter ideia, dados do
Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que, em todo o mundo, uma
criança morre de câncer a cada três minutos, e mais de 400 mil pessoas com
idades entre 0 e 19 anos são diagnosticadas a cada ano.
Só no Brasil, a média anual é de 12 mil crianças e adolescentes diagnosticados
com a doença.
Para a detecção precoce e assertiva, os exames da Medicina Nuclear são fundamentais.“A Medicina Nuclear nos permite identificar tumores pequenos, em fase inicial. Além disso, devido à modernização dos métodos, os exames são realizados com o mínimo necessário de radiação, a fim de eliminar quaisquer riscos futuros para a criança ou adolescente”, aponta a diretora da SBMN.
O primeiro passo em direção ao diagnóstico precoce é o reconhecimento dos sinais e sintomas. Mães, pais e os demais responsáveis pelos cuidados devem, sobretudo, dar atenção às queixas recorrentes. Choro constante e sinalização do incômodo com as mãozinhas, no caso de crianças muito novas, manchas roxas pelo corpo, vômitos e dor de cabeça são só alguns dos indícios que podem levar à descoberta do câncer.
“Podemos citar os cânceres ósseos, que
são frequentes nessa faixa etária e comumente causam dor perto das
articulações. É possível notar no joelho, por exemplo, um aumento de tamanho e
sentir a pele quente no local. O paciente pode relatar dor progressiva, que se
for investigada, pode não estar relacionada a nenhum traumatismo. Então, às
vezes, a criança não cai, mas começa a reclamar, por isso, é tão importante
valorizar as queixas”, alerta Dra. Adelina Sanches.
Além de ser primordial para o
diagnóstico, a Medicina Nuclear também auxilia no pós-tratamento da doença e no
consequente manejo clínico ou cirúrgico do paciente. Isso porque, assim como os
exames identificam quando ocorre uma disfunção provocada pelo câncer a partir de
uma análise do funcionamento dos órgãos e dos sistemas, após o tratamento,
também se observa uma clara reversão do padrão de imagens, muito mais
precocemente do que em outros exames de imagem.
Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN
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