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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Setembro Dourado: a importância da medicina nuclear no diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil

SBMN alerta para os sintomas e a efetividade da Medicina Nuclear também no pós tratamento de alguns tumores

 

O mês de setembro também é marcado pela campanha Setembro Dourado, que visa conscientizar acerca do câncer infantojuvenil. Nessa faixa etária, a doença pode ter rápida evolução, o que reforça a importância de um diagnóstico ágil e eficaz, visto que pouco se pode fazer quanto à prevenção.“É fundamental reforçar que o câncer não é um problema de pessoas idosas acometidas por outras comorbidades. Entre crianças e adolescentes, os tumores podem apresentar alto risco e promover a mortalidade dessa população”, explica a Dra. Adelina Sanches, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). 

Para se ter ideia, dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que, em todo o mundo, uma criança morre de câncer a cada três minutos, e mais de 400 mil pessoas com idades entre 0 e 19 anos são diagnosticadas a cada ano. Só no Brasil, a média anual é de 12 mil crianças e adolescentes diagnosticados com a doença. 

Para a detecção precoce e assertiva, os exames da Medicina Nuclear são fundamentais.“A Medicina Nuclear nos permite identificar tumores pequenos, em fase inicial. Além disso, devido à modernização dos métodos, os exames são realizados com o mínimo necessário de radiação, a fim de eliminar quaisquer riscos futuros para a criança ou adolescente”, aponta a diretora da SBMN. 

O primeiro passo em direção ao diagnóstico precoce é o reconhecimento dos sinais e sintomas. Mães, pais e os demais responsáveis pelos cuidados devem, sobretudo, dar atenção às queixas recorrentes. Choro constante e sinalização do incômodo com as mãozinhas, no caso de crianças muito novas, manchas roxas pelo corpo, vômitos e dor de cabeça são só alguns dos indícios que podem levar à descoberta do câncer. 

“Podemos citar os cânceres ósseos, que são frequentes nessa faixa etária e comumente causam dor perto das articulações. É possível notar no joelho, por exemplo, um aumento de tamanho e sentir a pele quente no local. O paciente pode relatar dor progressiva, que se for investigada, pode não estar relacionada a nenhum traumatismo. Então, às vezes, a criança não cai, mas começa a reclamar, por isso, é tão importante valorizar as queixas”, alerta Dra. Adelina Sanches. 

Além de ser primordial para o diagnóstico, a Medicina Nuclear também auxilia no pós-tratamento da doença e no consequente manejo clínico ou cirúrgico do paciente. Isso porque, assim como os exames identificam quando ocorre uma disfunção provocada pelo câncer a partir de uma análise do funcionamento dos órgãos e dos sistemas, após o tratamento, também se observa uma clara reversão do padrão de imagens, muito mais precocemente do que em outros exames de imagem.

 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN


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