Pesquisa realizada pelo Inac - Instituto Não Aceito Corrupção em
parceria com o Instituto QualiBest, com 1.600 pessoas no país, quis captar como
os brasileiros entendem o que é a corrupção a partir de experiências cotidianas
e conclui que mais da metade da amostra desconhece os canais de denúncia do
município onde mora
55% dos respondentes não conhecem ou não sabem quais os canais de denúncias contra a corrupção de seu município e 34% conhecem, mas nunca usaram.
Segundo Roberto Livianu,
presidente do Inac e procurador de justiça criminal do MPSP, a partir das
indagações feitas, “emerge a premente necessidade de significativo
aprimoramento do conhecimento e acesso aos canais de denúncias de
irregularidades nos 5568 municípios brasileiros, desconhecidos por grande parte
dos respondentes”.
Caráter científico
A pesquisa ouviu 1.600 pessoas,
sendo a maioria da classe C, por meio de um questionário online, com análise
científica dos dados pela QualiBest e pelo Núcleo de Pesquisa Científica do
Inac, coordenado pela professora Rita Biason (UNESP) e Roberto Livianu (USP),
com participação dos professores Agatha Paraventi (Cásper Líbero), Kleber
Carrilho (IPAM-Lisboa) e André Aquino (USP-Ribeirão Preto). Objetivo foi saber
da percepção cotidiana da corrupção pelos brasileiros. A pesquisa tem grau de
confiabilidade de 95%.
Saúde e educação preocupam mais que corrupção
A pesquisa aponta que a corrupção não é a principal preocupação dos brasileiros, sendo ultrapassada pela saúde, educação e desemprego.
Saúde pública ocupa o 1º lugar
quando a pesquisa aborda quais os temas relevantes a serem priorizados na busca
de soluções, seguida por educação em 2º lugar, desemprego em 3º lugar e a
corrupção em 4º lugar.
A
naturalização da corrupção no cotidiano do brasileiro
A naturalização da corrupção,
evidenciada nas telas 10, 11 e 12, incorporando-se cada vez mais como naturais
comportamentos de, por exemplo, fornecer alimentos sem pagamento a policiais em
padarias; um cidadão pede ajuda ao vizinho por ser um servidor público e pode
ajudá-lo na agilização de um processo; ou um médico que usa sua influência para
internar a mãe em um hospital público.
Contato com
a corrupção
Observa-se também que somando respostas
entre os que foram abordados e os que conhecem quem foi, 40% dos respondentes
conhecem quem teve contato com a corrupção.
Inac - Instituto Não Aceito Corrupção
www.naoaceitocorrupcao.org.br
Instituto QualiBest
www.institutoqualibest.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário