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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Pesquisa inédita indica que brasileiros desconhecem canais de denúncias contra a corrupção

Pesquisa realizada pelo Inac - Instituto Não Aceito Corrupção em parceria com o Instituto QualiBest, com 1.600 pessoas no país, quis captar como os brasileiros entendem o que é a corrupção a partir de experiências cotidianas e conclui que mais da metade da amostra desconhece os canais de denúncia do município onde mora

 

 

55% dos respondentes não conhecem ou não sabem quais os canais de denúncias contra a corrupção de seu município e 34% conhecem, mas nunca usaram. 

Segundo Roberto Livianu, presidente do Inac e procurador de justiça criminal do MPSP, a partir das indagações feitas, “emerge a premente necessidade de significativo aprimoramento do conhecimento e acesso aos canais de denúncias de irregularidades nos 5568 municípios brasileiros, desconhecidos por grande parte dos respondentes”.

 

Caráter científico 

A pesquisa ouviu 1.600 pessoas, sendo a maioria da classe C, por meio de um questionário online, com análise científica dos dados pela QualiBest e pelo Núcleo de Pesquisa Científica do Inac, coordenado pela professora Rita Biason (UNESP) e Roberto Livianu (USP), com participação dos professores Agatha Paraventi (Cásper Líbero), Kleber Carrilho (IPAM-Lisboa) e André Aquino (USP-Ribeirão Preto). Objetivo foi saber da percepção cotidiana da corrupção pelos brasileiros. A pesquisa tem grau de confiabilidade de 95%.

 

Saúde e educação preocupam mais que corrupção 

A pesquisa aponta que a corrupção não é a principal preocupação dos brasileiros, sendo ultrapassada pela saúde, educação e desemprego. 

Saúde pública ocupa o 1º lugar quando a pesquisa aborda quais os temas relevantes a serem priorizados na busca de soluções, seguida por educação em 2º lugar, desemprego em 3º lugar e a corrupção em 4º lugar.

 

A naturalização da corrupção no cotidiano do brasileiro

A naturalização da corrupção, evidenciada nas telas 10, 11 e 12, incorporando-se cada vez mais como naturais comportamentos de, por exemplo, fornecer alimentos sem pagamento a policiais em padarias; um cidadão pede ajuda ao vizinho por ser um servidor público e pode ajudá-lo na agilização de um processo; ou um médico que usa sua influência para internar a mãe em um hospital público.

 

Contato com a corrupção

Observa-se também que somando respostas entre os que foram abordados e os que conhecem quem foi, 40% dos respondentes conhecem quem teve contato com a corrupção.

 

 

Acesse a pesquisa completa

 

 



Inac - Instituto Não Aceito Corrupção

www.naoaceitocorrupcao.org.br



Instituto QualiBest

www.institutoqualibest.com.br

 

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