Com cenário de dados preocupantes, no
Dia Nacional da Imunização, celebrado no próximo dia 9, Febrasgo reforça a
importância de proteção com todas as vacinas disponíveis, incluindo a da
COVID-19
Na última década, a taxa de vacinação no Brasil vem
caindo drasticamente e não alcança o índice ideal de 90% desde 2012. Segundo o
DATASUS, em 2019, o índice de vacinação chegou a 73,4%, em 2020 a 64,8% e em
2021 a 60,7%. Esse cenário preocupa e deixa atentos profissionais da saúde.
No fim do ano passado,
a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) fez um alerta sobre a vacinação
contra a COVID-19 em gestantes e puérperas, que são consideradas grupo de risco
e têm grandes chances de apresentarem complicações caso sejam infectadas com o
vírus. Apesar de estudos comprovarem a eficácia e a segurança da vacina, em
janeiro deste ano, o país vacinou apenas cerca de 21,6% das 3 milhões de gestantes
previstas pelo Programa Nacional de Imunizações.
Neste dia 9 de junho, Dia Nacional da
Imunização, a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia
(Febrasgo), enfatiza a importância de vacinação de gestantes para a saúde da
mãe e do bebê. A vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas
da Febrasgo, Dra. Nilma Antas Neves, explica que existem três vacinas
primordiais para a imunização de gestantes - Influenza,
Hepatite B e dTpa-tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche).
A vacina dTpa é
recomendada em todas gestações, é ela quem protege a gestante durante a
gravidez e transfere anticorpos para o feto, o protegendo em seus primeiros
meses de vida até que possa ser vacinado. Em 2020, a procura por essa vacina caiu
de 63,23% para 44,42%. “Os adolescentes e adultos estão sendo reconhecidos como
as principais fontes de transmissão da coqueluche para os recém-nascidos e
crianças ainda não vacinadas ou com sua imunização incompleta. As mães vêm
tendo uma participação relevante junto com seus familiares, nessa
transmissão", explica Dra. Nilma.
Gestantes também são grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus da Influenza. “A gripe está associada ao aumento de hospitalizações e doenças de maior gravidade em gestantes e neonatos”, afirma a médica. Sobre a importância da imunização de gestantes contra a Hepatite B, Neves complementa: "O objetivo principal da vacinação contra Hepatite B durante a gravidez é evitar a aquisição materna desse vírus e consequente proteção do seu recém-nascido.”
COVID-19
e gestantes
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