Divulgação Experiência BeGreen |
Quando o assunto é educação, o que vem em mente
para a maioria dos brasileiros é aquela visão tradicional de uma sala de aula,
em que os alunos estão em suas mesas e cadeiras e o professor à frente
discorrendo sobre determinada matéria. Mas, graças à tecnologia, à
necessidade nas mudanças em educação e ao aparecimento de startups e empresas
dispostas a mudar o mercado, outras metodologias já vem sendo aplicadas na
formação de estudantes e profissionais brasileiros.
O último relatório do World Innovation Summit for
Education (WISE) mostrou, inclusive, que até 2030 devem ocorrer mudanças
expressivas no cenário educacional mundial, impactando professores e
alunos. Abaixo você confere sete métodos de ensino que já existem e estão
em prática, transformando a educação no Brasil e no mundo.
·
Design thinking
Ao aprender por meio desse método, a pessoa busca a
resolução de problemas por meio do pensamento visual. Ele também estimula o
trabalho em equipe, a colaboração e a coletividade, uma vez que seu processo
une aspectos sociais, como visão de mundo e cultura, com o intuito de obter uma
solução mais completa para os problemas enfrentados. A partir do design
thinking, o estudante é convidado a compreender as necessidades “humanas” do
sujeito a ser impactado pela solução proposta. E ainda mais interessante é que
essa metodologia pode ser utilizada em qualquer área, visto que visa a
satisfação do “agente problema”, o que só pode ser alcançado quando trabalhado
tendo a empatia com base da solução da questão. No Brasil, esse tipo de ensino
é muito aplicado em empresas, uma vez que foi identificado seu poder para a
transformação no trabalho, elevando a criatividade. Exemplo disso é o trabalho
que a Isvor executa em suas consultorias de educação corporativa.
- Streaming para o Novo Ensino Médio
Em um catálogo de cursos contendo opções como
"Novas Mídias: Podcast + Cinema + YouTube" e "Money: Educação
Financeira”, o estudante do ensino médio escolhe o conteúdo que considerar mais
relevante, pode pausar para continuar a assistir depois e ainda descobrir novas
habilidades pelo caminho. Esse recurso é uma das opções de aprendizado criadas
após as mudanças na lei para o Novo Ensino Médio e foi desenvolvido pela edtech
ICE Play. “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabeleceu novas
carga horária e modalidade de aulas a serem totalmente aplicadas até 2023, mas
muitas escolas já escolheram começar em fevereiro deste ano para que seus
alunos não tenham acúmulo de disciplinas. São 600 horas a mais, totalizando 3
mil horas/aula durante todo o Ensino Médio, com 60% de conteúdos tradicionais
(como Português, Matemática e História) e 40% de novos conteúdos (os chamados,
itinerários formativos), o que significa que as escolas devem ofertar novas
disciplinas, capacitar ou contratar novos professores e providenciar a
infraestrutura necessária”, explica o professor e CEO da startup Gabriel
Gonçalves. O formato de streaming de cursos para o Ensino Médio da ICE Play é
voltado às habilidades do futuro e conta com 10 cursos por semestre. Alguns dos
mais procurados dentre os disponíveis para os 1200 alunos que já usufruem do
sistema, estão o "We Program I: Programação de Websites" e "Solta
o Verbo: curso de oratória".
- “Work base learning”
Imagine que você é um estudante e tem a
oportunidade de experimentar solucionar a questão de uma grande empresa antes
de estar inserido no mercado de trabalho. Seria no mínimo interessante, não?
Muito utilizada no Canadá e nos Estados Unidos, a metodologia
de “aprendizagem baseada em trabalho” tem como objetivo
preparar os alunos para o mercado de maneira eficaz, indo além do ensino
teórico e técnico como os modelos tradicionais fazem. No Brasil, esse método é
utilizado pela Escola Korú (www.escolakoru.com.br). Os estudantes
devem desenvolver soluções para problemas reais das empresas parceiras da Korú.
As práticas de trabalho funcionam da seguinte forma: começam com o processo de
‘discovery’ [descoberta], que é investigar o problema que deve ser solucionado;
depois, os estudantes criam um MVP [produto mínimo viável] e, por fim, realizam
um pitch para a empresa parceira, que pode aceitar ou ajustar a solução em
diálogo com os alunos. “Tal prática permite o desenvolvimento e a
aprendizagem de habilidades interpessoais e aumenta a possibilidade de
empregabilidade”, diz Raíssa Florence, cofundadora da Korú.
·
Ágil
Ir além da tarefa e exercer a pró-atividade é
desafiador, mas mais fácil do que você imagina para a metodologia de ensino
Ágil. Tal método foi criado como uma resposta aos formatos tradicionais, mais
pesados, para o desenvolvimento de softwares e é baseada em quatro
pilares: (1) indivíduos e interações são mais que processos e ferramentas;
(2) softwares em funcionamento são mais que documentação abrangente; (3)
colaboração com o cliente é mais que negociação de contrato; e (4)
responder às mudanças deve ser mais do que seguir o plano. Deste modo,
essa metodologia prevê que o aluno seja o protagonista de seu
aprendizado, dispondo de um ensino menos conteudista e mais prático.
- Método Montessoriano
Febre entre os influenciadores digitais que
compartilham a rotina dos processos educativos dos filhos pelas redes sociais,
o Método Montessoriano é aplicado em também em escolas infantis no Brasil e se
estende até as residências das famílias adeptas. A ideia é dar mais autonomia e
liberdade individual às crianças como, por exemplo, com mobiliário compatível
com a estatura dos pequenos. Em busca de sempre manter o respeito aos limites
do desenvolvimento de cada um, o método desenvolvido pela médica italiana Maria
Montessori, engloba as habilidades sociais, físicas e psicológicas da criança.
Para isso, dois pontos podem ser destacados como fundamentais: (1) o
aprendizado por si mesmo, de acordo com o desenvolvimento natural e períodos
sensíveis da criança, respeitando o próprio ritmo como seres individuais; e (2)
o ambiente propício ao aprendizado, pensado para atender as necessidades
específicas dos pequenos.
·
Educação Maker
Você acredita que pode construir ou, se preciso,
consertar seus próprios objetos? Então você é parte da cultura maker e pode se
dar bem com esse método de aprendizagem. Tal metodologia foge dos padrões das
aulas expositivas, pois as sessões de ensino são focadas em oficinas, em
“colocar a mão na massa”. Por meio dela, os alunos têm a oportunidade e também
os recursos necessários para desenvolver e testar novas ideias. Essa
metodologia é vista, no Brasil, mais em instituições que proporcionam
experiências e as escolas fazem visitas e imersões para diversificar seu
ensino. É o caso, por exemplo, da BeGreen.
A rede de fazendas urbanas oferece a escolas e universidades visitas às
estufas, onde os participantes plantam e colhem hortaliças, além de vivenciar,
na prática, a aplicação da tecnologia para transformações sustentáveis na
produção de alimentos. “Vivenciar é uma poderosa forma de aprendizagem, tem o
poder de impactar as escolhas individuais e coletivas que os estudantes farão
dali pra frente”, afirma Matheus Ramalho, gerente de Marketing da BeGreen. O
compartilhamento, a experimentação e o desenvolvimento de ideias é o que faz
com que os alunos sejam protagonistas no aprendizado por meio da
transdisciplinaridade.
- Americana
Talvez o mais conhecido desta lista tenha esse
posto devido ao sucesso de temáticas envolvendo o “high school” em séries e
filmes. Nos enredos é possível ver os alunos trocarem de sala de aula,
estudantes da mesma idade em níveis diferentes da mesma matéria e muitas outras
peculiaridades. O motivo é simples: o sistema educacional americano funciona
com base em créditos, isto é, cada matéria tem um valor atribuído a ela, e o
estudante deve ter uma quantidade mínima de pontos em área de estudo
específicas para se formar, além de um número mínimo de pontos somando todas as
áreas de estudo. Cada estado americano pode definir quais são as matérias ou
número de créditos necessários para obter o diploma. Na maior parte dos casos,
o aluno deve cursar matemática, inglês, uma matéria da área de ciências sociais
e uma matéria da área de ciências. Além das disciplinas obrigatórias, as
escolas americanas oferecem outras eletivas. Essas matérias não são
compulsórias individualmente para a formatura, mas o estado americano pode
exigir que o estudante tenha um número mínimo de créditos de qualquer matéria eletiva
para se formar.
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