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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Fertilização In Vitro é alternativa para mulheres com menopausa precoce, diz especialista

Procedimento aumenta significativamente a possibilidade de sucesso na gestação e é recomendada após terapia de reposição hormonal 



Tendo como uma de suas principais complicações a interrupção do ciclo menstrual, a menopausa precoce está presente em 1% das mulheres abaixo dos 40 anos. Além de causar doenças, como a osteoporose e cardiovasculares, ela também pode ser um pesadelo na vida daquelas que sonham em engravidar. Especialistas afirmam que, nestes casos, a chance de que ocorra uma gestação naturalmente é menor que 10%. Com as novas técnicas de reprodução assistida, a fertilização In Vitro se põe como uma solução para a infertilidade dessas pacientes.

De acordo com a ginecologista e membro da Comissão de Ética da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Dra. Maria Madalena Pessoa Caldas, é essencial a participação dessas mulheres em programas de acesso ao procedimento. Ela destaca, ainda, que o método tem apresentado resultados positivos, aumentando significativamente a possibilidade da gestação. “A fertilização In Vitro, especialmente com óvulos doados, tem tido um papel muito importante para resolução da infertilidade dessas pacientes. Mas, para isso, é importante que elas sejam consideradas em programas de fertilização In Vitro”, ressalta.

A Dra. Maria Madalena Pessoa Caldas alerta, também, que a terapia de reposição hormonal deve ser rotineiramente recomendada para todas essas mulheres, a não ser que haja alguma razão específica para não realizá-la. “Pacientes com câncer, estrógenos dependentes e pacientes com trombofilia devem ser acompanhados com médico vascular, mas precisam realmente fazer uma terapia de reposição hormonal”, afirma.

A médica ressalta que todos os casos devem ser analisados pontualmente, visto que são vários os fatores que podem causar a menopausa precoce na mulher. “As doenças mais comuns são as autoimunes, especialmente as tireoidites de Hashimoto. A quimio e radioterapia podem causar uma alteração na quantidade desses folículos ovarianos e devem ser acompanhados desde o início pelo oncologista. Outro fator que deve ser analisado é a questão genética. Nesse caso, o exame mais comum é o cariótipo, especialmente para a síndrome de Turner”, destaca.

Além da genética, fatores como má alimentação, sedentarismo e o tabagismo podem influenciar no surgimento da doença. Um estilo de vida saudável é a principal arma para prevenir a menopausa precoce. Atividades físicas regulares evitam a diminuição dos níveis de estrogênio no corpo, que favorecem o aumento de peso e gordura localizada no abdome, que, por sua vez, desencadeia doenças cardíacas, diabetes tipo 2, asma, entre outros. Inclua em sua rotina atividades, como caminhar, correr, subir escadas, jogar tênis e fazer musculação, por exemplo.

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