Publicação resgata 25 brincadeiras tradicionais brasileiras para divertir toda a família
Conheça algumas das atividades lúdicas e dicas de como
realizá-las com as crianças. Brincar é um direito que contribui para a
aprendizagem e fortalece os laços familiares
As
brincadeiras infantis divertem, aproximam as famílias e contribuem com a
aprendizagem, desenvolvendo pensamento, habilidades e incentivando a
imaginação. Tanto é assim, que este direito, foi comemorado no dia 28 de
maio, é garantido pela Constituição Brasileira, pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente, e preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Quando
uma pessoa adulta brinca com uma criança, se estabelece um momento
de afeto e de cuidado, além de fortalecer os vínculos entre os brincantes.
As atividades lúdicas podem colaborar com a construção da autoconfiança e da
autoaceitação das crianças, além de ser uma ótima oportunidade de aprenderem,
por meio da brincadeira, sobre o mundo e sobre o que está ao seu redor” explica
a especialista em educação do Itaú Social, Juliana Yade.
Então,
por que não resgatar aquelas brincadeiras marcantes do imaginário de muitas
pessoas, que remetem à uma boa história da infância, para viver momentos juntos
e incentivar a imaginação dos mais novos.
Esta
é a proposta do conteúdo “Brincadeira em Família”, uma iniciativa do Itaú
Social com o apoio técnico do CENPEC Educação, que traz 25 opções de atividades
que fazem parte da tradição oral brasileira para que adultos e crianças
brinquem juntos. Está disponível gratuitamente no site: polo.org.br/biblioteca/galeria/392/brincadeira-em-familia.
Confira
algumas delas:
CESTO
DO TESOURO
Indicação:
a partir de zero ano
Coloque
em um cesto objetos diferentes que interessam ao seu bebê, no qual ele brinque
no seu cotidiano. É importante que os objetos ofereçam a possibilidade para que
a criança consiga explorar seus sentidos (tato, visão, olfato, paladar e
audição). Esses objetos ficarão neste Cesto do Tesouro, e quando você pega-lo a
criança saberá que é a hora da brincadeira.
PARALENDAS
E CANTIGAS
Indicação:
a partir de zero ano
Parlendas
são textos recitados em ritmos. São muito usados para memorizar tempo, gestos e
nomes de animais e plantas. Entre os exemplos estão “Hoje é domingo, pede
cachimbo...” e “Cadê o toucinho que estava aqui, o gato comeu...”.
ESTÁTUA
Indicação:
a partir de dois anos
A
brincadeira começa com os participantes fazendo uma trilha enquanto um deles
canta uma parlenda. Quando o “cantor” para, os demais viram “estátua”, imóveis
na posição em que estão. O “cantor”, então, vai provocá-los para fazer com que
se mexam. Ganha o último que resistir.
CADA
MACACO NO SEU GALHO
Indicação:
a partir de três anos
É
uma espécie de pega-pega, no qual o pegador é o “chefe dos macacos” e os outros
são “macaquinhos” que precisam fugir. Os “galhos” são os locais de segurança
dos macaquinhos, que podem ser algum sofá, cadeira ou banquinho. É
importante combinar quais são esses móveis para evitar acidentes.
BATATINHA
FRITA
Indicação:
a partir de três anos
A
brincadeira ficou conhecida pelos jovens após a série coreana “Round 6”, de
2021. Virado de costas, o “observador” (ou chefe do jogo) canta pausadamente:
“Ba-ta-ti-nha-fri-ta-1-2-3”, enquanto os jogadores correm de um ponto ao outro.
Quando o “observador” vira de frente, os participantes têm que virar estátua.
Aquele que se mexer é eliminado do jogo e a corrida é reiniciada.
CORRIDA
PÔ
Indicação:
a partir de três anos
É
uma corrida na qual se colocam diferentes obstáculos, como em um circuito. Eles
podem ser os móveis de casa, como almofadas, cadeiras e armário. Antes do
percurso é feito um jogo de jokenpô para definir quem será o
primeiro a realizar a corrida.
GATO
MIA
Indicação:
a partir de quatro anos
Um
esconde-esconde no escuro! Para essa brincadeira é recomendada mais de três
pessoas. A regra é que todos fiquem no mesmo quarto, com a luz apagada. O
pegador é o “caçador” que terá que encontrar os “gatos” a partir do seu miado.
Mas não basta pegá-lo, tem que adivinhar quem é.
CASA
DA BRUXA
Indicação:
a partir de quatro anos
Nesta
brincadeira, a “bruxa” estará fantasiada com algum adereço que a identifique,
podendo ser um chapéu, uma capa ou uma vassoura. Os outros participantes
estarão presos dentro da “casa da bruxa”, e para escapar, terão que fazer um
desenho dentro de um prazo delimitado por ela. Caso a “bruxa” acerte o que está
no desenho, o participante desenhista poderá escolher se quer fugir ou se
tornar a bruxa na próxima rodada.
PEGA-PEGA
BRUXA
Indicação:
a partir de quatro anos
A
“bruxa” nesta brincadeira é o pegador, que ao tocar em outro participante,
poderá transformá-lo em um desses três objetos: árvore, ponte ou pedra. Os
outros fugitivos poderão “quebrar o feitiço” de seu colega das seguintes
formas: Árvore - rastejando por baixo; Ponte - passando embaixo; Pedra -
saltando por cima.
MUSEU
DE CERA
Indicação:
a partir de cinco anos
Semelhante
à estátua, neste jogo é necessário ter diversos desenhos ou imagens de animais
e objetos. Uma dessas figuras será sorteada pelo participante, que terá a
missão de “modelar” um de seus colegas para que ele represente a imagem
escolhida. A partir da posição em que o colega foi deixado, os outros
participantes terão que adivinhar qual a imagem que o “boneco” está
representando.
GATO
E RATO
Indicação:
a partir de cinco anos
O
“gato” é o pegador e precisa dar um tempo para o “rato” se esconder. Para isso,
fecha os olhos enquanto conversa com os outros participantes, que são os
“auxiliares”. O “gato” pode ser vendado ou ficar de frente para a parede
enquanto que o “rato” se esconde. Os auxiliares podem ajudar na caçada do
“gato” orientando se ele está “quente”, caso esteja próximo ao “rato”, ou
“frio”, se está distante.
Dicas
A
cartilha também apresenta dicas para a família incluir as brincadeiras em sua:
- Escolha um horário em que as crianças não
estejam cansadas ou com fome, tampouco precisem relaxar logo depois;
- Organize o espaço em que a brincadeira
acontecerá. Há três motivos para isso: facilitar a circulação e garantir a
segurança; mostrar a todos que diferentes ambientes da casa podem ter usos
variados; e chamar as crianças para a brincadeira;
- Use os materiais que possui, faça as
adaptações necessárias, ajuste as propostas ao que é possível na casa e
reinvente as brincadeiras tradicionais, do tempo dos pais, tios, avós e
bisavós;
- Em algumas atividades, os brincantes têm
papéis definidos. Por exemplo, alguém precisa ser o pegador e os demais,
os fugitivos. Procure revezar esses papéis, isso aumenta a autonomia das
crianças e pode tornar a brincadeira mais divertida para todos. Contudo, o
ideal é que o adulto comece exercendo o papel de quem comanda até que as
crianças aprendam;
- As crianças gostam de repetir as brincadeiras. Então, não se preocupe em oferecer sugestões novas todos os dias. Elas podem ser repetidas enquanto estiverem despertando interesse;
- As mesmas brincadeiras podem ser muito divertidas em diferentes idades. Contudo, a partir de determinada fase, a criança terá mais condições de entender as propostas, desenvolvendo-as com mais autonomia.
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