Cirurgia plástica
mais realizada no mundo ajuda na autoestima das mulheres
Mulheres sempre buscam alternativas para evidenciar
sua própria beleza: de maquiagens e atividades físicas a tratamentos estéticos.
Tudo isso está diretamente relacionado ao bem-estar e à alta autoestima e, as
mamas, também estão no topo da lista de partes do corpo que as mulheres
mais desejam modificar em busca da autoconfiança.
Não à toa, a prótese de silicone é um dos
procedimentos mais realizados no mundo com quase 1.8 milhões de procedimentos,
ou 15,8% do total de cirurgias realizadas, de acordo com a última pesquisa da
Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). O Brasil é o
líder em cirurgias plásticas no mundo, sendo a cirurgia para implante de mamas
em primeiro lugar.
E o procedimento está em alta neste período de
menor incidência da pandemia. O cirurgião plástico Victor Cutait, que há mais
de 20 anos é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica: “A
retomada da economia e, consequentemente, o aumento de encontros presenciais,
fizeram com que as pessoas voltassem a dar atenção à sua própria aparência.
Para muitas mulheres, seios maiores são símbolo de feminilidade e as permitem
enxergar a si mesmas de forma mais segura, o que as torna mais felizes”, aponta
o cirurgião baseado em relatos das pacientes que o procuram.
Confira abaixo cinco mitos e verdades sobre a
cirurgia mais realizada no Brasil e no mundo:
01. Prótese de silicone faz mal ao organismo: Mito
As próteses mamárias são desenvolvidas com
tecnologia segura e são testadas diversas vezes. “Não se trata de material
tóxico, não causa câncer e não causa suscetibilidade a nenhuma doença”, explica
o médico cirurgião plástico.
Em raros casos, apenas de 1 a 3% das mulheres com
prótese, pode ocorrer a chamada contratura, que é uma inflamação na região
mamária causada pela prótese. O problema é benigno e os sintomas são rigidez da
prótese, podendo causar dores na região.
Outra complicação ainda mais rara é a Síndrome
Asia, que é um conjunto de sintomas que incluem fadiga, dor nas juntas e
muscular que podem se desenvolver por conta do implante. O médico alerta que a
proporção de casos ainda é muito baixa: “Os principais casos ocorrem com
mulheres que têm doenças reumatológicas e a prótese agrava o problema”,
explica.
Para evitar problemas e complicações por conta da
prótese, o médico cirurgião plástico recomenda o cuidado correto no
pós-operatório, além de exames de mama a cada seis meses e acompanhamento com
especialista.
02. É possível amamentar com
prótese: Verdade
As próteses não interferem ou dificultam a
amamentação das mulheres que fizeram implante antes da gravidez.No entanto, o
médico ressalta: “Quando a prótese está associada à mastopexia, cirurgia que
retira o excesso de pele das mamas - ou à mamoplastia redutora, que é a redução
do tamanho dos seios, tais procedimentos alteram a estrutura da mama. Com isso,
dependendo de como a cirurgia foi realizada, pode haver uma alteração da
anatomia e integridade da glândula mamária. Assim, quanto maior a alteração no
tamanho mama, maior a transformação e as chances da amamentação ser
prejudicada”, explica.
Além disso, outro aspecto que pode modificar a
amamentação é o modo que a prótese foi inserida. “Para colocar a prótese
através da incisão areolar, o profissional faz um corte em formato de
semicírculo em volta da aréola. O corte não prejudica a produção do leite, mas,
em alguns casos, pode diminuir o fluxo, conta o médico.
3. É
necessário trocar a prótese ao longo do tempo: Mito
Os implantes de hoje possuem tecnologia mais
avançada, com gel de qualidade que não vazam em raros casos de abertura da
prótese.
Por isso, o médico expõe que caso não haja nenhum
problema e a mulher não sentir nada diferente - como algum desconforto na
região - ou quando não se deseja trocar o tamanho da prótese, não é preciso
realizar a troca.
Além disso, as próteses atuais têm um menor índice
de contratura se comparada aos implantes mais antigos. O médico novamente
alerta: “O acompanhamento da paciente a cada seis meses é essencial para evitar
riscos à saúde”, aponta.
4. Prótese não impede a mamografia: Verdade
O exame de mamografia é essencial para a prevenção
e diagnóstico precoce do câncer e pode ser realizado normalmente em mulheres
que possuem prótese. Para isso, é importante, antes de tudo, avisar o técnico
de radiografia sobre o implante.
Já para a realização do exame, é possível utilizar
algumas técnicas. Uma delas é a manobra de Eklung, método que diminuiu a
influência da prótese, o que permite melhor visualização do tecido mamário. Ela
é feita em uma segunda etapa do exame, através de um deslocamento do silicone –
feito delicadamente - fazendo com que ele fique fora do campo de
imagem.
Além disso, o equipamento, denominado mamógrafo,
deverá ser ajustado para pressionar o mínimo possível, impossibilitando
quaisquer riscos de rompimento.
5. Todas as mulheres podem colocar prótese mamária –
Verdade, porém com algumas exceções
A prótese é indicada para a grande maioria das
mulheres. As restrições são grávidas, mulheres que estão amamentando, aquelas
que possuem risco cirúrgico causado por problemas de saúde, portadoras de
doenças hematológicas ou imunodepressoras não controladas – que inclui câncer
ativo, doença mamária não tratada, lúpus e artrite reumatoide.
Victor
Cutait - possui graduação em Medicina pela Faculdade de
Medicina de Marília (2001) com especialização em cirurgia plástica pelo
Instituto Brasileiro de Cirurgia Plástica, em São Paulo. Ele é membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), foi professor de cirurgia
plástica da Universidade Nove de Julho (UniNove) e hoje dirige a Clínica Cutait
Cirurgia Plástica, especializada em Cirurgia Plástica, Dermatocosmiatria e
Fisioterapia Dermatofuncional. O médico cirurgião é pioneiro em lipoaspiração
fracionada no Brasil.
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