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Atitudes disruptivas ainda não são bem compreendidas ou aceitas
Essas três
letras tiveram um expressivo salto nas buscas do Google no começo de 2022. O
maior em 16 anos e quatro vezes superior que a média do ano passado. Também
foram um dos temas estrelados na National Retail Federation (NRF), realizada em
janeiro, em Nova Iorque.
Afinal, o que
significam e qual a sua importância? A sigla vem do Inglês Environmental (E),
Social (S) e Corporate Governance (G). Resumidamente, significam as práticas
ambientais, sociais e de governança corporativa de uma organização.
Podemos dizer
que é a sustentabilidade empresarial. O termo surgiu em 2004, em uma publicação
do Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins
(algo tipo: quem se importa, vence). Desde então, vem ganhando relevância nas
redes sociais, em publicações e nos planejamentos estratégicos.
Elas também
estão ligadas a outras letras de importância para o mundo corporativo: como
D&I. Ou seja, Diversidade e Inclusão. Tema presente em ações de muitas
empresas brasileiras e fundamental na retenção de talentos e na inovação. De acordo
com estudos da McKinsey Company, organizações com times plurais entregam
resultados 25% melhores do que as que não consideram a diversidade no
recrutamento.
No entanto,
atitudes disruptivas ainda não são bem compreendidas ou aceitas. Vale lembrar
as polêmicas em torno do programa de trainees com contratação apenas de pretos
e pardos do Magazine Luiza. Ou seja, a empresa, ao buscar aumentar proporção
desses profissionais em cargos de liderança, estava atuando na dimensão Social
do ESG.
Mas para o
varejo ainda há uma outra sigla a se considerar: GenZ. A geração Z é formada
por pessoas nascidas entre 1996 e 2016 e já representam 30% da população
brasileira. Esses novos consumidores estão preocupados em transformar o mundo,
são disruptivos e engajados em causas sociais e ambientais. E o mais
importante: esperam das marcas o mesmo engajamento.
Segundo
pesquisa da McKinsey no Brasil, 81% desse público afirma que não compraria de
uma empresa considerada machista, 79% se racista e 76% se homofóbica. Outra
característica dessa tribo de nativos digitais é que vivem conectados o tempo
todo e suas reações são instantâneas. Nesse sentido, não dá para ter discurso
descolado da prática.
Definitivamente,
diante dos anseios dos GenZ, quem não entender as regras do jogo e não incluir
o ESG na pauta do dia, não ganha vida para a próxima fase. É game over!
Vice-presidente
e coordenadora do Conselho do Varejo da ACSP
Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/opiniao/esg-quem-se-importa-vence
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