Especialista em educação ressalta que pensar de forma criteriosa troca os preconceitos por flexibilidade e compreensão das diferenças
O pensamento crítico, uma das habilidades mais
valorizadas pelas empresas/mercado de trabalho, pode e deve ser desenvolvida
desde cedo nas crianças. A competência, que pode impactar positivamente no
futuro dos pequenos, envolve uma série de capacidades e atitudes, que atuam em
conjunto para abordar situações e informações de maneira racional.
Como forma de ajudar no desenvolvimento dos estudantes, o
pensamento crítico passou a fazer parte da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). O documento define a importância de exercitar a curiosidade intelectual
e recorrer à abordagem própria das ciências, para investigar causas, elaborar e
testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.
Ela define o conjunto de aprendizagens essenciais que
todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação
Básica, e é referência nacional para formulação dos currículos das escolas.
“A criança que compreende o que é pensamento crítico e
como utilizá-lo, tem vontade de se aprofundar nos conteúdos e querer saber
mais. Aprende a questionar e a partir daí formar as próprias opiniões”, diz
Cristhiane Amorim, pedagoga com pós-graduação em neurociência educação e
desenvolvimento infantil e especialista em educação do Kumon.
O pensamento crítico envolve uma série de capacidades e
atitudes, que atuam em conjunto para abordar situações e informações de maneira
racional. Entre elas, a argumentação, que significa usar fatos, dados, estudos,
opiniões, problemas e possíveis soluções para convencer uma pessoa sobre
determinado ponto de vista. Um bom argumento indica que seu ponto de vista é
construído sobre uma base sólida e racional, levando outra pessoa a seguir
determinada linha de raciocínio e finalmente concordar com ela.
“Outra importante capacidade desenvolvida é a
curiosidade, que pode ser definida como a vontade de saber mais ou experimentar
ou vivenciar algo novo, conhecer o desconhecido, buscar respostas. A
curiosidade leva a muitas perguntas e questionamentos sobre as coisas serem
como são, o que propicia o surgimento de novos pontos de vista e soluções
inovadoras”, completa Cristhiane.
Confira alguns pontos listados pela pedagoga para ajudar
o seu filho a desenvolver o pensamento crítico:
· Passeios educativos
- entrar em contato com novidades é outra maneira de enriquecer o repertório.
Informações são os ingredientes do raciocínio para chegar a soluções originais.
· Incentivo à
argumentação – faça debates com a criança, questionando algo que ela disse e
ajudando-a a encontrar argumentos para explicar suas ideias.
· Conversar com
pessoas diferentes - deste debate podem surgir novas ideias e soluções que
seguramente vão enriquecer o raciocínio crítico dele.
· Pergunte os motivos
dos problemas - mais que incentivar os estudos, procure mostrar para a criança
que esta é uma oportunidade de ganhar conhecimento e ampliar sempre seu
repertório.
O Kumon é um método de estudo japonês criado em 1958 pelo
professor Toru Kumon. O ensino privilegia o desenvolvimento da autonomia do
aluno nos estudos, de forma que ele aprenda de acordo com o seu ritmo. O
material didático é autoinstrutivo e dividido em estágios, fazendo com que a
complexidade aumente gradualmente. Porém, o aluno só avança para o próximo
conteúdo quando consegue assimilar o que é proposto.
O método desenvolve a habilidade acadêmica e outras mais,
como: autodidatismo, concentração, capacidade de leitura, raciocínio lógico,
independência, hábito de estudo, responsabilidade e autoconfiança. O Kumon
oferece aulas de matemática, português (para nativos), inglês e japonês, para
crianças de todas as idades.
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