Especialista indica série de medidas que podem ser
tomadas para solucionar o quadroAdobe Stock
O sorriso é uma das principais características do ser
humano, sendo responsável por transmitir emoções e por ajudar a criar laços com
outras pessoas, além de conquistar elogios e, consequentemente, elevar a
autoestima quando a saúde bucal está em dia. Porém, quando há algum problema,
pode acabar gerando insegurança. Um exemplo disso é o sorriso gengival, no qual
o lábio superior se eleva excessivamente ao sorrir e deixa grande parte da
gengiva à mostra.
Essa alteração pode ser causada por alguns fatores, e
dentre os mais comuns temos o crescimento excessivo do maxilar, problemas
musculares e a periodontite, inflamação nos tecidos que dão suporte aos dentes.
“Hoje, o mercado conta com procedimentos avançados para corrigir essas
condições, como a gengivoplastia, gengivectomia e a toxina butulínica. No
entanto, a técnica mais adequada pode variar de pessoa para pessoa, pois
depende de cada causa específica”, afirma Raul Silva, consultor da GUM,
marca americana de cuidados bucais.
Ao optar pela gengivoplastia, o cirurgião dentista remove
ou adapta o tecido gengival que não está diretamente envolvido com a base dos
dentes. “Como esse método é realizado apenas para fins estéticos, não é
possível tratar periodontite e outras doenças bucais. Além disso, o
procedimento tem duração consideravelmente rápida e podendo levar até duas
horas”, relata a profissional.
A periodontite é uma evolução da doença gengival que
danifica a gengiva e tem poder de destruir o osso maxilar. Tem como
principal causa a má higiene oral, especialmente a falta de limpeza
interdental, onde há o acúmulo de alimentos e favorecimento da proliferação de
bactérias na região do periodonto. Além de afetar o periodonto, as bactérias
responsáveis ainda são capazes de atuar como fatores de riscos sistêmicos para
doenças cardíacas e pulmonares. Para tratar a periodontite, a gengivectomia é
mais adequada. Nela, é retirado todo o excesso de gengiva causado pela
enfermidade, que pode chegar a provocar dor de dente, mau hálito, dentes
soltos, vermelhidão e sensibilidade nas gengivas, perda dentária e recessão
gengival. “Após a remoção do tecido, que é realizada sob o efeito de anestesia,
há aplicação do cimento cirúrgico que deve permanecer nos dentes até que a
cicatrização finalize”.
Por fim, a toxina butulínica é uma das técnicas mais
apropriadas para quem sofre com hiperatividade muscular dos lábios. “Ao
aplicada no local, essa substância é responsável por impedir a liberação da
acetilcolina, o que inibe a elevação do lábio superior e faz com que a gengiva
não apareça em excesso. Neste caso, o tratamento não é definitivo, pois os
efeitos podem passar entre 4 e 6 meses após a aplicação”, conclui.
Portanto, os cuidados com a higienização dos dentes
também são essenciais nesses casos, principalmente próximos à gengiva. Para que
a limpeza interdental seja realizada de forma correta, é importante utilizar o
fio dental corretamente e fazer a escovação de forma recorrente.
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