A mineração está diferente nos dias de hoje. E o engenheiro de dados sabe bem disso. Afinal, é nessa ciência que atualmente está aplicada a nova atividade ‘mineradora’. E essa engenharia contemporânea é a responsável por tratar da transformação dos dados brutos de uma empresa.
É aí que começa a primeira ‘extração’ no processamento de dados, que abarca a
série de atividades para dar uma utilidade prática à imensa quantidade de
informação disponível. E a dinâmica segue um ritual extremamente relevante com
os processos de coleta, armazenamento e distribuição dos dados, que estão
sob a mira da engenharia de dados.
E quem é o profissional que faz isso? Quais as principais responsabilidades e
desafios do (a) engenheiro (a) de dados? É ele o grande articulador por reunir,
organizar e disponibilizar de maneira simples e acessível todos os dados da
empresa.
O engenheiro de dados tem propriedade para ir além das linguagens (Java, Scala
e Python e outras). Ele tem domínio amplo da lógica e do quão complexo é o
ecossistema de conceitos que povoa esta técnica, incluindo inclui big data e
computação em nuvem. São com base nesses conhecimentos que o profissional
de dados concebe, constrói e realiza uma série de testes de arquiteturas de
sistemas de processamento de dados. É ele também o responsável por orientar
soluções de aquisição de dados e de combinação de fontes de dados.
Com essa gama definida, é o engenheiro quem elabora o chamado pipeline de
dados. É importante a criação desse processo pelo qual a informação passa,
incluindo a entrada no sistema, o processamento e o armazenamento, facilitando
assim as consultas a serem realizadas por quem precisa desse levantamento.
Outro embasamento relevante é que o engenheiro de dados tenha
também conhecimentos sobre análise preditiva e prescritiva, para auxiliar
end to end todas as etapas do trabalho.
A qualificação da tomada de decisão a partir dos dados também faz
parte do escopo de avaliação da engenharia de dados. Há ainda uma composição
com a ciência de dados, que atua de forma equivalente com a engenharia de
dados. Embora sejam áreas complementares, o trabalho do cientista entra após o
processo gerido pelo engenheiro, que desenvolve toda uma infraestrutura para
coletar, organizar e armazenar os dados. Já o cientista de dados, chega para
aplicar suas capacidades para tratá-los. Cabe a ele ‘minerar’ os dados e
extrair os melhores e mais valiosos insights para seus clientes ou para a
empresa em que trabalha.
Isso posto, cabe lembrar que todo esse ritual segue a segurança já definida
pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que protege tanto o consumidor como
todos os envolvidos nesse ecossistema. A LGPD disponibiliza amplos benefícios,
porque limita os seus riscos, cria um ambiente seguro, confiança e
transparência, além de gerar resultados positivos para todos.
Os desafios para o engenheiro de dados são imensos, no entanto, seguir alguns
princípios dão o caminho certo para conquistar credibilidade e retorno. Destaco
aqui quatro deles.
Boa interlocução. É essencial ser um bom interlocutor e
conseguir entender os desafios de cada área da empresa. Não bastando somente
entender de ‘bits e bytes’.
Alta capacidade de aglutinar os dados. Ter a capacidade
de selecionar, organizar e reunir, da forma mais eficaz possível, os dados
relevantes para as mais diversas áreas de uma organização.
Ser um ‘trust advisor’ sobre as melhores e mais eficazes
ferramentas tecnológicas de mercado.
E, por último e não menos importante, conseguir realizar a extração do valor
dos dados por intermédio de ‘insights’ que façam a diferença na
tomada de decisões da empresa.
Resumidamente, esses fatores, quando bem definidos e postos em prática, elevam
o valor do profissional da mais nova mineração, já que os dados estão por toda
a parte.
Esdras
Cândido - vice-presidente de Produtos e Serviços da Orys, consultoria
especializada em inteligência de dados.
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