A doença
caracterizada pelo acúmulo de ferro no organismo já pode ser detectada com
testes genéticos e, caso não seja tratada, pode ter consequências graves para o
organismo
O ferro é essencial no transporte de oxigênio para
as células, mas quem tem hemocromatose não consegue eliminar o excesso desse
mineral do organismo Assim, ele se acumula e se torna tóxico, danificando
órgãos e levando ao desenvolvimento de outras doenças.
A hemocromatose é uma doença rara, já que atinge
menos de 150 mil pessoas por ano no Brasil, e é causada principalmente por
fatores genéticos. Na população em geral, o risco de uma pessoa ter a doença é
menor do que 0,5%. Porém, pessoas com mutações genéticas têm um risco maior de
desenvolvê-la.
A hemocromatose pode ser causada por mutações
genéticas em vários genes diferentes, sendo as mais comuns no gene HFE.
Esse tipo de hemocromatose geralmente começa a apresentar manifestações nas
pessoas entre 40 e 60 anos. Já a hemocromatose causada por alterações no gene TFR2 pode
se manifestar em qualquer idade.
Por conta do acúmulo de ferro, se a doença não for
controlada, surgem algumas complicações, como dores nas articulações, fraqueza
e perda de peso. Além disso, ela pode ser perigosa, causando doenças como
diabetes, insuficiência cardíaca e cirrose hepática.
A fim de diagnosticar a doença, o médico pode
recomendar exames de sangue e biópsia do fígado.
A novidade é que a partir do dia 29 de março a
predisposição genética a essa doença poderá ser detectada no teste genético
meuDNA Saúde. Esse teste de mapeamento genético identifica mutações nos genes
que aumentam a predisposição de uma pessoa desenvolver câncer hereditário,
colesterol alto, diabetes monogênica e outras doenças raras, mas que são
possíveis de prevenir e/ou tratar. O meuDNA Saúde analisa 5 genes
associados a um risco maior de desenvolvimento de hemocromatose: HFE,
HAMP,
HJV,
TFR2
e SLC40A1.
O resultado positivo não é uma sentença, ou seja,
não significa que a doença se desenvolverá, mas indica que há uma maior
probabilidade em relação ao restante da população. Assim, conhecer sua
predisposição genética é uma oportunidade de adotar cuidados preventivos e
diagnosticar a doença precocemente, caso ela se desenvolva.
Ainda que a hemocromatose não tenha cura, já
existem tratamentos e medicamentos para diminuir a quantidade de ferro no
sangue de modo a evitar o depósito nos órgãos. Outras recomendações médicas
envolvendo dieta, suplementação alimentar e consumo de bebidas alcoólicas
também podem fazer parte da prevenção e tratamento. O tratamento adequado
para cada pessoa deve ser discutido com um médico.
Quanto antes a doença for detectada, mais cedo o
tratamento adequado será iniciado, o que irá ajudar a aliviar os sintomas,
prevenir as possíveis complicações e evitar que os órgãos sejam
prejudicados.
meuDNA Saúde
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