A organização de treinamentos corporativos sempre foi uma ação estratégica para as empresas, com benefícios inegáveis para seu destaque no mercado e, principalmente, atratividade perante profissionais qualificados. Com a pandemia e a popularização de novos modelos de trabalho, como o híbrido, a concessão adequada destes conteúdos sofreu incríveis transformações – abrindo portas para o uso de metodologias disruptivas que, ancoradas à tecnologia, trazem resultados excepcionais para este fim.
Adequar os materiais ministrados presencialmente
para o digital, sempre foi uma dificuldade comum para gestores, de forma que
pudessem torná-lo tão atrativo quanto e com a mesma qualidade em ambas as
formas. Com o advento do isolamento social, foi necessário se reinventar, buscando
ferramentas que auxiliassem a implementação destes conteúdos por métodos
criativos, ágeis e que trouxessem significado prático para o dia a dia dos
profissionais.
Em uma pesquisa realizada pelo Google Cloud, o
modelo híbrido já foi definido como padrão por 43% das empresas, justificados
pela redução de custos com escritórios físicos, maior flexibilidade para o
trabalho, fortalecimento da cultura organizacional e, especialmente, melhora na
qualidade de vida de todos. Não há como fugir dessa tendência que, certamente,
moldará o futuro do trabalho – muito menos, dispensar os investimentos em
treinamentos que permaneçam capacitando os times.
Diante de um cenário completamente novo, organizar
programas de treinamento em ambientes físicos e virtuais depende de um novo mindset andragógico.
É preciso buscar inspirações na educação, na inovação aplicada em instituições
de ensino e, acima de tudo, nunca aproveitar a mesma metodologia nos dois
ambientes.
A linguagem utilizada não deve ser meramente
transportada, mas sim adaptada – analisando inúmeros fatores, como o tempo de
cada aula, os materiais que serão utilizados e as formas em que serão exibidas.
Dentre tantos insights adquiridos nestes últimos anos, as metodologias ativas
se destacaram como algumas das mais benéficas nesta assertividade.
Em contraponto ao ensino tradicional, sua proposta
é colocar o aluno como grande protagonista do processo. Ao invés de focar em
aulas meramente expositivas, seu conceito inova na relação entre o docente e o
estudante, no qual o primeiro assume o papel de mediador ao facilitar a
capacitação. Todo conhecimento gerado é levado para a prática, trazendo
significado para experiências passíveis do dia a dia, que façam sentido para o
profissional.
Além de aperfeiçoar a qualidade do aprendizado, a
absorção dos materiais é significativamente elevada, proporcionando um maior
protagonismo no processo, senso crítico em relação ao conteúdo ministrado,
colaboração, estímulo à liderança e maior capacidade de autogestão. As
vantagens são inegáveis – mas, para serem obtidas, necessitam obrigatoriamente
do apoio irrestrito da tecnologia no ensino.
Plataformas dedicadas a oferecer treinamentos
corporativos surgem, justamente, com o propósito de otimizar a concessão das
aulas e torná-las mais eficientes. Suas ferramentas permitem a emissão de
relatórios, compilação de dados e avaliações completas sobre o desempenho dos
alunos. Aliado à estas funcionalidades, é preciso avaliar a possibilidade de
uso de uma ampla variedade de objetos educacionais durante o ensino.
Opções não faltam. Aprendizagens baseadas em
projetos, em problemas, em metodologias imersivas, adaptativas e por meio da
gamificação, vêm sendo algumas das mais utilizadas – ministradas por meio de
videoaulas, textos e jogos interativos. Quanto utilizadas em conjunto, tornam o
aprendizado muito mais efetivo, tanto no ambiente físico quanto online e,
ainda, para os mais diferentes públicos.
Muitas opções criativas e ilustrativas são
disponibilizadas por tais plataformas – mas, lembre-se de nunca utilizá-las de
forma infantilizada. Estamos lidando com adultos, os quais precisam de aulas
adequadas para seus perfis. Procure entender o tempo de aprendizado de cada um,
seu método de estudo preferido e como acolhê-los em programas que atendam a todos.
Os recursos tecnológicos nos treinamentos e
desenvolvimentos devem servir como aliados aos processos, e não como barreiras.
Todas as funcionalidades devem permitir uma linha de aprendizagem contínua,
levando o conhecimento adquirido no ambiente virtual para discussões práticas
no presencial. O apoio pedagógico nas ferramentas deve estar presente em
qualquer plataforma escolhida, com o suporte técnico necessário para trazer
aulas que qualifiquem e desenvolvam com êxito, os profissionais da sua empresa.
Letícia Araújo - Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação e diretora da Treinar Mais, plataforma que facilita a aplicação e gestão de treinamentos.
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