O Jemperli (dostarlimabe), da GSK, é um
imunoterápico para uso em pacientes adultas com câncer endometrial avançado ou
recorrente
Pacientes com câncer de endométrio agora tem uma
nova esperança. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu
aprovação regulatória para o Jemperli (dostarlimabe) da GSK. Trata-se de uma
imunoterapia para uso em pacientes adultas com câncer endometrial avançado ou
recorrente. Com a aprovação, o Jemperli torna-se a primeira terapia com
anticorpo monoclonal humanizado disponível no Brasil em monoterapia para câncer
de endométrio com deficiência de enzimas de reparo (dMMR) ou instabilidade de
microssatélite (MSI-H) - uma alteração genética que predispõe a melhor
resposta a imunoterapia.
“O Jemperli é uma nova terapia importante contra
um tipo de câncer que possui opções limitadas de tratamento. A aprovação dessa
terapia traz uma nova esperança para essas pacientes, que têm necessidades
significativas de tratamentos mais eficazes”, afirmou Vanessa Fabrício,
Diretora Médica de Oncologia da GSK.
A aprovação é relevante, pois o medicamento é um
tratamento para pacientes diagnosticadas com esse tipo raro de tumor cuja média
de vida dificilmente passa de 12 meses.
Câncer de endométrio
O câncer endometrial é encontrado no revestimento
interno do útero, conhecido como endométrio. É um tipo de câncer que afeta os
órgãos reprodutivos femininos e é o sexto câncer mais prevalente em mulheres em
todo o mundo. O câncer endometrial tem a maior taxa de fenótipo MSI-H de
todos os tumores.
A eficácia e a segurança de Jemperli foram
avaliadas no GARNET, o maior estudo de imunoterapia de braço único, aberto, que
incluiu 129 pacientes com carcinoma de endométrio, demonstrando uma taxa de
resposta objetiva de 43,5% (95% IC 34.0% a 53.4%). As análises de Kaplan-Meier
(metodologia usada para prever a sobrevida) indicaram que, dentre as pacientes
que responderam, as probabilidades de manter a resposta em seis e 12 meses
foram de 97,8% e 90,6%, respectivamente e a taxa de controle da doença foi de
55,7% (IC 95%: 45,7 a 65,1).
O dostarlimabe apresentou um perfil de segurança
tolerável sendo náusea (13,8%), diarreia (13,8%) e fadiga (17,6%) as reações
adversas mais comuns observadas durante o estudo. O tratamento foi
descontinuado em 5,5% das pacientes e reações adversas com grau > 3
foram observadas em 13,2% das pacientes, a maioria sendo relacionados ao
sistema imunológico, comuns a essa classe terapêutica.
“Estamos focados em ampliar a qualidade de vida e maximizar a sobrevida dos pacientes com câncer através de medicamentos transformacionais, como Jemperli”, destacou Deborah Soares, diretora da unidade de negócio Oncologia da GSK.
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