Muito ligado a acidentes e situações imprevistas, quadro requer
tratamento rápido e altamente especializado
Quando se ouve a expressão “trauma" associamos mais diretamente o
termo a traumas psicológicos, causados por alguma experiência marcante que
atravessamos. Porém, o trauma também
pode ser físico. Chama-se trauma uma lesão que é produzida por
uma ação externa ao corpo. Ela pode ser por violência física ou química, bem
como por quedas, queimaduras, acidentes automobilísticos ou acidentes
domésticos.
Suas consequências podem ser graves e abranger
vários órgãos. Por isso, até mesmo aqueles que parecem simples e
menos impactantes ainda exigem cuidados profissionais.
Acidentes domésticos
Os acidentes domésticos são responsáveis por uma
grande parcela dos casos que chegam aos centros de trauma. Segundo a Sociedade
Brasileira de Pediatria, os acidentes domésticos representam
a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 14
anos. A pesquisa aponta, ainda, que 90% deles poderiam ter
sido evitados.
Portanto, para quem tem criança em casa, esse deve
ser um alerta constante. Infelizmente, mesmo com todo o zelo, os acidentes
precisam só de um descuido momentâneo para acontecer. Vale ressaltar: não há
regra. Objetos e situações das mais variadas possíveis podem acabar em finais
dolorosos, tanto para crianças como para adultos, que também
são bem suscetíveis a acidentes domésticos.
Acidentes por causa externa
Como já foi citado, esses costumam ser os casos
mais emblemáticos e podem acontecer em qualquer lugar, a qualquer
momento e das maneiras mais imprevisíveis. Uma grande parte dos casos
acaba deixando sequelas e consequências traumáticas para a vida de quem
os vivencia. Nessas situações, as equipes de primeiros socorros passam
a ser agentes decisivos, pois os procedimentos realizados nos primeiros
momentos do ocorrido são capazes de salvar ou condenar uma vida.
“Para a reanimação no trauma
ser bem-sucedida, temos dois grandes fatores preditivos de sucesso:
tempo para iniciar as manobras e gravidade da lesão. Lesões
cardíacas e de grandes vasos sanguíneos necessitam de atendimento
especializado e num curto intervalo de tempo; essa é a única chance de
salvar os pacientes", exemplifica o cirurgião
do Centro de Trauma do Hospital Brasília Rodrigo Rocha.
Fatores que influenciam o resultado do tratamento
do trauma
Normalmente, em caso de acidentes, quedas ou outras
situações de trauma, quem primeiro recebe a vítima são os profissionais
especialistas em resgate e no atendimento pré-hospitalar (APH),
como os agentes do Samu ou os bombeiros, por exemplo.
Começa, então, uma corrida contra o tempo para oferecer o melhor
atendimento a quem sofreu a lesão. “O tempo de socorro
e de transporte até uma unidade hospitalar especializada, bem como a
forma adequada de transportar e estabilizar esse paciente são
importantíssimos para se obter um desfecho positivo na ocorrência", afirma
o especialista Dr. Rodrigo Rocha.
No atendimento hospitalar, a agilidade e a
multidisciplinariedade também se mostram fatores importantes para o resultado
dessa assistência.
Ninguém gosta de pensar muito sobre isso, mas um
centro de trauma de referência faz muita diferença para o desfecho de
casos simples ou graves nessa área. Em geral, vítimas e familiares
só entram em contato com o assunto diante de situações adversas e momentos
de aflição, mas que exigem grandes decisões.
É o que acontece quando há, por exemplo,
acidentes de carro, moto ou bicicleta. No entanto, acidentes podem acontecer a
qualquer momento e gerar consequências graves para o resto da vida. Vamos
entender como um bom atendimento pode mudar totalmente o desfecho das
histórias?
Centro
de Trauma do Hospital Brasília
O Hospital Brasília Unidade Lago Sul foi
pioneiro no Distrito Federal a oferecer uma área
totalmente dedicada ao atendimento do acidentado. Uma
estrutura de alta tecnologia, equipe multidisciplinar e processos muito
bem definidos fazem com que a assistência a essas ocorrências seja
feita de maneira eficiente. Assim que uma pessoa acidentada chega ao
Hospital Brasília, ela é recebida por uma equipe especializada no atendimento.
O protocolo inicial permite uma tomada rápida de decisão, e a equipe é treinada
para fazê-la da melhor forma.
Logo que o paciente dá entrada à
unidade, seus sinais vitais são aferidos, exames de sangue são
coletados e ele passa por um exame físico à procura de lesões
que possam colocar sua vida em risco. O objetivo é que, em menos de meia
hora, o paciente já esteja com todos os exames prontos, diagnóstico
feito e seja encaminhado para o centro cirúrgico, se for o
caso.
Nesse momento, a pessoa passa por uma
triagem detalhada que a categoriza, a fim de encaminhá-la para
a área de atuação adequada. O protocolo utilizado se baseia no “ABCDE
do Trauma", que consiste em verificar os danos causados pela ocorrência em
cada função vital do corpo humano.
A - vias aéreas – verificar se há
obstrução do nariz ou da boca.
B - verificar se
há algo prejudicando os pulmões (fratura de tórax, perfuração etc.).
C - circulação – verificar
se há hemorragia.
D - verificar se há complicações cerebrais causadas pelo
tórax, por meio da checagem da cognição e da consciência do
paciente.
E - verificar se houve fratura em algum dos membros.
“O Hospital Brasília investe continuamente no
treinamento de sua equipe para que, no momento em que esse paciente chegue
ao hospital, nenhum segundo seja perdido. Sobre o atendimento ideal, com
certeza, nossa equipe presta a melhor assistência ao
traumatizado, o que se reflete em nossa taxa de sucesso, que
é altíssima", afirma o Dr. Rodrigo.
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