Estação
registra índices extremos de radiação UV e cultivar hábitos de fotoproteção
como o uso do protetor solar é essencial
A aproximação do verão
traz o alerta para a necessidade de proteger a pele contra os raios solares.
Nesta época do ano, de acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos
Climáticos (Cptec), cidades localizadas em latitudes semelhantes a São Paulo
têm aumento de mais de 25% da radiação UVB diária. E ainda antes do início
oficial da estação mais quente do ano, que começa em 21 de dezembro, a cidade
já vive dias de índice UV 14, o que é classificado como extremo.
Para dias em que o
índice UV passa de 11, a orientação da Secretaria Municipal da Saúde da capital
é de que seja evitada a exposição ao sol em torno do meio-dia. Segundo o Cptec,
até 30% da quantidade de energia UV que chega ao planeta durante o verão se
concentra entre as 11h e as 13h. E, apesar de as nuvens atenuarem a incidência
da radiação UV na superfície, ela não é completamente absorvida ou refletida:
mesmo dias nublados também podem oferecer perigo, especialmente para pessoas de
pele sensível.
Usar roupas que
protejam a pele, inclusive com proteção UV, além de chapéu, óculos de sol e,
principalmente, protetor solar, é imprescindível. Neste mês, é realizada a
campanha Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
(SBD), que busca alertar para os cuidados contra o câncer de pele.
"Neste verão, com
a vacinação avançada e a diminuição dos números de infecções e morte por
coronavírus, muitas pessoas vão voltar a realizar atividades ao ar livre como
não puderam desde o início da pandemia. Contudo, é preciso ter cuidado para que
a exposição ao sol não seja feita de uma forma que traga prejuízos à
saúde", afirma Ricardo Casalino, diretor médico da Qsaúde.
De acordo com o
Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2020 foram registrados mais de 175 mil
novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil. A doença corresponde a
27% de todos os tumores malignos no país. Há, ainda, o câncer de pele melanoma,
que no ano passado foi identificado em cerca de 8,5 mil pessoas. A incidência
do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto,
pulmão e estômago.
O uso adequado de
filtro solar é essencial para prevenir o câncer de pele. Essa proteção é
importante mesmo em dias nublados e também em lugares fechados, já que a luz
artificial, inclusive de computadores e celulares, também pode fazer mal à
pele. Para o dia a dia, protetores com fator de proteção solar (FPS) 25 já são
adequados. Para se expor ao sol, o ideal é o FPS igual ou superior a 30.
Câncer de pele
O câncer de pele é
provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Segundo a
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a exposição solar exagerada e
desprotegida ao longo da vida, além de episódios de queimadura solar, são os
principais fatores de risco para a doença.
Há os cânceres não
melanoma, que são mais comuns, mas têm altos percentuais de cura se
diagnosticados e tratados precocemente. Já o câncer de pele melanoma é o mais
agressivo e potencialmente letal pois, em quadros avançados, pode provocar
metástases. Ainda assim, quando descoberta no início, a doença tem mais de 90%
de chance de cura.
Assim como outros
tipos de cânceres, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar a chance de
cura do câncer de pele. A SBD indica que um médico dermatologista deve ser
procurado em caso de surgimento de sinais e sintomas suspeitos, como pintas que
crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não
cicatrizam.
Cuidados contra o
câncer de pele
- Use sempre o
protetor solar: em caso de exposição ao sol, o ideal é que seja um com FPS
superior a 30, reaplicando-o a cada duas horas ou sempre que houver contato com
a água
- Use roupas que
protejam a pele, inclusive com proteção UV
- Ao caminhar ao ar
livre, opte por trechos que estejam à sombra
- Quando sair ao sol,
utilize chapéu e óculos escuros
- Evite exposição ao
sol entre as 9h e as 16h
Qsaúde
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