Dependendo da
quantidade e tipo de alimento, o pet pode chegar a óbito. Quem não quer excluir
o melhor amigo das comemorações pode contar com cerveja e aperitivos desenvolvidos
especialmente para animais
Chocolates, panetones, frutas secas, castanhas e
outras delícias tradicionais das ceias e almoços em família do final de ano
podem ser perigosos para os animais de estimação. Essa grande oferta de
alimentos aliada ao momento festivo e descontraído fazem desta uma época de
grande incidência de intoxicação alimentar em pets. “Muitos pensam que basta
orientar convidados a não oferecer alimentos, restos de comidas e ossos para os
animais, mas grande parte dos casos é de cães mais novos ou curiosos, que
furtam alimentos da mesa”, afirma Marcelo Quinzani, diretor clínico do Pet
Care.
O profissional explica que compartilhar o alimento
é um habito ancestral e instintivo dos cães, por isso eles querem dividir este
momento com seus donos. Mesmo assim, fazer o animal passar vontade não
prejudica a saúde dele. “A dica é ter cuidado redobrado com os alimentos que
ficam disponíveis e deixar algo permitido para eles, como biscoitos caninos,
petiscos ou algumas frutas separadas caso eles tenham interesse pela comida”,
diz.
Os problemas decorrentes da intoxicação são
inúmeros, muitos deles graves. Alimentos condimentados ou muito gordurosos, por
exemplo, podem levar a vômitos e diarreia. Já os chocolates podem causar graves
intoxicações, já que os cães possuem grande deficiência em metabolizar os seus
componentes. Algumas frutas secas e castanhas podem levar a graves quadros de
intoxicações. “A uva passa, por exemplo, pode causar lesão renal aguda em cães
por conta da ingestão das sementes e a noz macadâmia pode causar paralisia
muscular temporária se ingerida em excesso”, salienta. Já os ossos e pedaços
maiores de carnes podem levar a obstrução intestinal.
Os sintomas dependem muito do que foi ingerido, mas
a maioria dos quadros de intoxicação apresenta sinais agudos dentro de pouco
tempo. “Os mais comuns envolvem vômito, apatia, diarreia, dor abdominal e, às
vezes, convulsões. Os sinais podem se acentuar, manifestando apatia intensa e
perda de apetite”, esclarece o Quinzani. Caso o animal apresente algum destes
problemas, deve ser levado a veterinário. Porém, se dono tem a informação de
que o animal consumiu um destes alimentos tóxicos, que podem inclusive levar o
pet a óbito em poucas horas, deve procurar o veterinário imediatamente para os
primeiros cuidados mesmo antes mesmo da manifestação dos sintomas.
O tratamento nos casos de intoxicação alimentar
incluem medidas sintomáticas e no caso de vômitos, cólicas e diarreia, alguns
animais precisam de soro e muitas vezes de internação. “Tratamentos
específicos, lavagem gástrica, medicamentos injetáveis e indução ao vômito
também são utilizados. Depois de controlados os sinais mais graves, muitos
animais ainda vão para casa recebendo via oral medicamentos por alguns dias”,
comenta o veterinário.
Álcool jamais - Os perigos da
embriaguez em pets
Durante as festas, também pode ocorrer de um cão ou
gato ingerir bebidas alcoólicas, por descuido ou uma brincadeira dos
convidados. Segundo Marcelo Quinzani, o perigo da ingestão de bebidas alcólicas
por animais não está somente na presença do álcool, mas também nos componentes
usados na sua produção. “Sabemos que a uva, se ingerida em grande quantidade
pelos cães, principalmente as suas sementes, pode causar graves intoxicações e
insuficiência renal. Sendo assim, o consumo do vinho é altamente tóxico. O
mesmo pode se dizer das cervejas que, além do álcool, tem a presença do lupulu,
um ingrediente altamente tóxico que leva o animal a vômitos, flatulências,
cólicas e diarreias, além da insuficiência renal aguda”, detalha.
A intolerância do cão ao álcool está relacionada à
idade (cães jovens podem ter sinais de intoxicação mais violentos) e ao peso do
animal. Cães pequenos se intoxicam com um volume menor em comparação aos cães
grandes.
Os sinais clínicos de intoxicação por álcool são
muito parecidos com os dos humanos, afetando o sistema nervoso central com
incoordenação, sonolência, desorientação e por sintomas gastrointestinais, como
vômito e diarreia. “Para os cães, as consequências podem ser mais graves com
muito menos volume ingerido. Dependendo da quantidade, pode até em comas e
arritmia, com insuficiência renal e cardíaca”, alerta o veterinário. Outra
substância presente na bebida alcoólica que prejudica seriamente as saúde
animal é o CO2.
Em caso de embriaguez do pet, o dono deve procurar
imediatamente o médico veterinário para iniciar a medicação de suporte, que
deve envolver controle dos sintomas e hidratação venosa intensa.
ALIMENTOS FEITOS ESPECIALMENTE
PARA OS PETS
Quem não quer deixar o animalzinho “passando
vontade” de saborear guloseimas durante as festas, pode recorrer a petiscos
diferenciados produzidos especialmente para a espécie e que não oferecem risco
algum à saúde dele. Alguns exemplos:
Hospital Veterinário Pet Care
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