De acordo com pesquisa da Fecomércio MG, 69,9% dos empresários mineiros esperaram resultados melhores em relação aos últimos dois anos
É assim todo o fim de
ano: nas lojas, clientes transformam confraternização em lembrança. Há poucas
semanas do Natal, o comércio varejista de Minas Gerais está otimista para as
vendas no período, considerado o mais importante para o setor terciário.
Segundo uma pesquisa da Fecomércio MG, 69,6% das empresas esperam por vendas
melhores neste ano em relação a 2020 (29,5%) e 2019 (53,7%), superando, 40,1
pontos percentuais (p.p.) e 15,9 p.p., respectivamente.
O economista-chefe da Fecomércio MG,
Guilherme Almeida, destaca que o Natal impacta 83,6% das empresas varejistas do
estado. “Tradicionalmente, o Natal é a data mais relevante para o comércio, que
redobra suas apostas em diversas estratégias para atrair o consumidor e
concretizar vendas. Neste ano, temos um cenário mais favorável em comparação a
2020, mas o momento ainda exige cautela e planejamento por parte das famílias e
dos empresários.”
De acordo com a pesquisa, entre os motivos
apontados para a melhora nas vendas do período estão: o valor afetivo da data
(44,1%); expectativa/confiança (33,6%); abrandamento da pandemia (12,6%);
aquecimento do comércio (10,1%); flexibilização das atividades empresariais
(6,9%) e vacinação (6,5%). Para atrair os consumidores e efetivar as vendas,
66,4% dos empresários devem investir em promoções e liquidações; 55,5% em
propaganda/divulgação; e 22,7% em mais variedade no mix de produtos e serviços.
Em relação aos segmentos econômicos, os
principais beneficiados pelo Natal são: tecido, vestuário e calçados (91,3%);
móveis e eletrodomésticos (89,3%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos,
perfumaria e cosméticos (89,1%); supermercados, hipermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo (85,0%) e outros artigos de uso pessoal e
domésticos (78,6%).
Neste ano, 62,6% dos empresários acreditam
que os consumidores comecem a realizar as compras na véspera do Natal, a partir
da segunda quinzena de dezembro. Porém, o gasto médio não deve ultrapassar o
valor de R$ 200,00 para 54,2% dos entrevistados. “Esse comportamento
reflete a piora – nos últimos meses – do cenário macroeconômico, com a alta da
inflação, redução no poder de compra e desemprego. Para tentar reverter esse
cenário, os empresários podem adotar algumas das estratégias apontadas na
pesquisa”, explica Almeida.
Entre as formas de
pagamento mais esperadas pelos empresários estão as compras feitas com cartão
de crédito parcelado (43,3%) e cartão de crédito em única parcela (18,1%). Além
dessa modalidade, também se destacam pagamentos em crediário ou carnês (8,6%);
à vista no cartão de débito (8,0%); à vista no dinheiro (7,1%) e por meio do
Pix (3,3%).
A pesquisa também aponta que 34,1% dos empresários
já receberam todas as encomendas; 39,5% fizeram os pedidos, mas ainda não
receberam os produtos; e 24,3% ainda não realizaram os pedidos para a data.
Entre os motivos que podem afetar negativamente as vendas no período, os
empresários citaram a situação econômica do país (35,0), a pandemia (25,0%), o
alto valor dos produtos (20,2%) e o baixo poder aquisitivo (17,5%).
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