Apesar da retomada
dos colaboradores aos escritórios, ainda devem ser seguidos protocolos de
segurança contra a covid-19
Com o avanço na vacinação contra a covid-19 no
Brasil, empresas que haviam migrado para o sistema remoto ou híbrido já
iniciaram o retorno ao trabalho presencial. Perto de 52% das empresas pretendem
tomar essa medida ainda neste ano e outras 40% no primeiro semestre de 2022, de
acordo com pesquisa da KPMG realizada entre julho e agosto. A volta ao sistema
anterior à pandemia, no entanto, não será da mesma forma: protocolos de
segurança e obrigatoriedade da vacinação completa estão entre as mudanças
definidas para a convivência.
Pesquisa do LinkedIn com mais de mil usuários
mostrou que profissionais brasileiros estão preocupados com a vacinação nos
locais de trabalho: 90% acreditam que é importante que as empresas exijam a
vacinação contra a covid-19. A pesquisa também registrou que 84% dos que
responderam ao levantamento consideram testes de covid-19 relevantes para a
volta aos escritórios e 85% afirmaram que perguntarão para seus gerentes e
colegas se eles tomaram a vacina.
A empresa Neodent, com sede em Curitiba (PR),
convocou seus colaboradores que estavam trabalhando em casa para retornarem ao
sistema presencial a partir de outubro. Porém, apenas os que se vacinaram podem
entrar na empresa, contanto que façam o teste PCR rápido. Aqueles que tomaram a
primeira dose e aguardam a segunda, realizam teste dentro da empresa,
semanalmente. Os que estão completamente imunizados, recebem o crachá 15 dias
após, com o adesivo de um sorriso verde.
Novas e velhas rotinas
A supervisora de Propriedade Intelectual da
Neodent, Sonia Gama, ficou um ano e meio longe do escritório e, em outubro,
completamente imunizada, retornou ao local de trabalho. “Por um lado, foi bom
trabalhar em casa porque pude ficar mais próxima da minha família. Como estou
fazendo uma segunda faculdade à noite, mesmo focada no trabalho e estudos, nos
intervalos estava sempre com meu marido e filhos. Mas tem o outro lado, que é
voltar a conviver com as pessoas do trabalho, sair de casa, conversar com os colegas
para trocar ideias mais precisas e pontuais”, disse.
Ela conta que o uso constante de álcool em gel, o
uso restrito de elevadores e o cuidado com o uso de máscara viraram rotina de
todas as equipes. “Algo que está difícil de segurar é o abraço. Às vezes, você
encontra um colega e dá aquela vontade de abraçá-lo, mas não dá. Trocar por um
toque de mão é a coisa mais próxima que podemos no momento. Mas engajamento e
noção de civilidade, de segurança, todo mundo está tendo”, diz.
Os cuidados com higiene viraram uma marca
registrada de Sebastian Muñhoz, analista sênior de Customer & Operational
da Neodent. Ele carrega um borrifador com álcool para usar nas cadeiras e no
teclado que vai usar, álcool em gel para as mãos e creme para que elas não
fiquem muito ásperas. “É meio que automático para mim. Chego e inicio todo o
processo de passar álcool, e estou sempre de máscara. O auge vai ser poder
tirá-la, mas agora não dá. Temos que lidar com a pandemia até ela ficar sob
controle”, conta.
Depois de um ano e sete meses trabalhando de forma
remota, Sebastian voltou em outubro para o escritório. “Foi bacana chegar
aqui e sentir que ainda faço parte do ambiente de um escritório, de estar
inserido do contexto de empresa, sair para almoçar com o pessoal do trabalho,
subir e descer entre andares para conversar sobre as demandas, o que é muito
melhor do que falar por telefone. É uma sensação muito boa de estar mais
próximo da normalidade”, conta.
Retomada gradual
Apesar dos números decrescentes da doença, as
lembranças sobre os cuidados a serem tomados enquanto houver algum risco estão
por todas as paredes, assim como frascos com álcool em gel pelos corredores e
mesas. Os colaboradores receberam um kit com álcool e máscaras, além de terem
um afastamento maior entre as estações de trabalho.
Durante a pandemia, apenas 30% do prédio
administrativo da empresa estava ocupado, por colaboradores que optaram por
continuar no escritório. Em outubro, esse percentual passou para 50% e agora
está em 70%. “Tomamos todos os cuidados durante a pandemia e agora, com uma
taxa mais segura de vacinação da população, consideramos que já era o momento
de retornar ao trabalho presencial. Mas manteremos todos os protocolos de
segurança e afastamento necessários, afinal, ainda estamos em situação de
alerta”, explica o CEO da Neodent e EVP do Grupo Straumann, Matthias Schupp.
Além dos testes para detectar a doença realizados dentro da própria empresa, a
Neodent tem uma política de afastar o colaborador e pessoas que tiveram contato
com ele, em caso de teste positivo para covid-19. Esses protocolos serão
mantidos.
Neodent®
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