Estação foi construída em um complexo
com terminal de ônibus e vai atender a quase 90 mil pessoas por dia
A cidade de São Paulo ganha nesta
sexta-feira (17) sua 90ª estação de metrô. A Vila Sônia foi entregue pelo Metrô
para que a ViaQuatro, que administra a Linha 4-Amarela, comece a operação da
nova parada e de um novo trecho de 1,5 km.
“A Capital de São Paulo tem a maior
extensão de Metrô de toda América Latina. E nós vamos continuar imprimindo esse
bom ritmo para entregar mais estações e mais quilometragem de Metrô e das
linhas da CPTM aqui na cidade. Agora estamos entregando mais 1,5 km. E vamos
seguir evoluindo até o final de 2022, entregando ainda mais estações”, destacou
Doria.
“A estação Vila Sônia, a 90ª de metrô
em São Paulo, é um presente para a cidade e para os moradores dessa região. Não
faltou planejamento, recursos, cobrança e determinação por parte da STM e do
Governo do Estado para que essa obra fosse finalizada e entregue à população”,
destacou Paulo Galli, secretário dos Transportes Metropolitanos.
A população poderá utilizar a nova
estação a partir deste fim de semana (18 e 19/12), entre 10h e 13h. Depois, o
funcionamento será de segunda a sexta-feira, também das 10h às 13h, em operação
assistida, sem cobrança de tarifa. Esse formato é chamado de Operação Assistida
e é feito para aperfeiçoar o funcionamento de equipamentos e sistemas da
estação e do novo trecho da linha. A operação da estação será ampliada
gradativamente, para funcionar diariamente das 4h40 à 0h00, como nas demais
estações da rede. Já o terminal de ônibus deverá atender aos passageiros a
partir do funcionamento integral da estação.
A malha metroviária passa a ter um
total de 102,6 km de extensão em seis diferentes linhas, atendendo a todas as
regiões da capital. Somente na Linha 4-Amarela são 12,8 km de extensão
operacional, com 11 estações entre Luz e Vila Sônia.
Construída como um complexo de
integração do transporte público, Vila Sônia é composta por uma estação de
metrô subterrânea e um terminal de ônibus urbanos intermunicipais e municipais.
A entrada principal da estação ficará na Avenida Professor Francisco Morato,
3.990, enquanto o acesso secundário estará no lado oposto da via (nº 4.001). A
estação também poderá ser acessada pelo terminal de ônibus, que tem entrada
pela Rua Heitor dos Prazeres, e por uma passarela sobre a Avenida Eliseu de
Almeida, cuja entrada está nesta mesma avenida, esquina com a Rua Doutor
Ulpiano da Costa Manso.
A previsão é que diariamente 86 mil
passageiros utilizem os 17 mil m² de área construída em 29 metros de
profundidade da estação. São 20 escadas rolantes, 12 fixas, quatro elevadores e
uma plataforma elevatória. A acessibilidade também é composta por piso tátil e
elementos antiderrapantes nos degraus. Para oferecer mais conforto aos
passageiros, há quatro sanitários públicos, sendo dois acessíveis e portas
automáticas nas plataformas que ampliam a segurança e ajudam no embarque e
desembarque.
Uma grande cúpula de vidro foi
utilizada para levar iluminação natural do nível da rua, na entrada do terminal
até a estação, que tem nove pavimentos entre acessos, mezanino, bilheterias,
áreas de cabos e salas técnicas, além das duas plataformas laterais com 138
metros cada. Para sua construção, foram escavados 82 mil m³ e utilizados 48,5
mil m³ de concreto com 7 mil toneladas de aço.
Já o terminal de ônibus foi construído
com um acesso subterrâneo exclusivo para que os ônibus que vêm pela Francisco
Morato (sentido Taboão-Centro), não precisem parar em semáforos para cruzar a
via, agilizando a chegada. O terminal está no nível da rua (Av. Francisco
Morato), sobre a estação e o estacionamento de trens do Pátio de Manutenção
Vila Sônia, possuindo ligação direta para a estação, através de suas nove
escadas rolantes (sendo quatro na passarela de acesso sobre a Eliseu de
Almeida), nove fixas e quatro elevadores.
Ao todo, são 22 mil m² de área
construída, com uma cobertura metálica de 16 módulos, composta por 980 m² de
vidro, 10 mil m² de telhas e extensão total de 212 metros, pesando 482
toneladas. A área destinada exclusivamente à parada dos ônibus e acomodação dos
passageiros ocupa 11 mil m² do total construído.
Linha 4-Amarela
Projetada para ser implantada em fases,
a Linha 4-Amarela está em operação desde 2010 e já transportou mais de 1,5
bilhão de pessoas. A linha, que é construída pelo Metrô de São Paulo e
administrada e operada pela concessionária ViaQuatro, permite a conexão com
seis linhas da rede sobre trilhos de São Paulo, em quatro estações. Por ela, já
chegaram a passar 750 mil pessoas por dia útil (pré-pandemia).
A segunda fase de
implantação da linha compreendeu a construção das estações Fradique Coutinho
(aberta em 2014), Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi
(abertas em 2018) e a recém-aberta Vila Sônia, além do terminal de ônibus Vila
Sônia, um túnel de 1,5 km para chegada até esta última estação. Também fez
parte do projeto a complementação do Pátio de Manutenção da Vila Sônia, além da
compra e instalação das portas de plataforma e dos sistemas de alimentação
elétrica, auxiliares e de telecomunicações. Toda esta etapa teve o valor de R$2,1
bilhão (Fase 2), em investimento exclusivo do Governo do Estado de São Paulo.
Secretaria dos Transportes Metropolitanos
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