Dr. Amilton Macedo, dermatologista explica o que é e como prevenir o câncer de pele
Quando a estação mais quente do ano chega os cuidados com a pele
devem ser redobrados, já que os raios solares podem deixar a pele mais sensível
e ressecada, além de causar doenças mais graves na pele. Mas isso tem um
motivo, é nesta época do ano que os raios UVA são mais intensos, o que faz com
que os casos de doenças de pele como o câncer possam aumentar. O câncer de pele
não melanoma é o mais frequente no Brasil, representa 27% de todos os cânceres
e um terço de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados da
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Para estimular a população na prevenção e no diagnóstico do câncer
de pele, o movimento de conscientização da doença, o “Dezembro Laranja”, que
faz parte da Campanha Nacional de Prevenção à doença, visa conscientizar a
população sobre a importância de proteger a pele no verão. “A
Campanha Dezembro Laranja visa alertar sobre os riscos da doença, que
representa 177 mil novos casos da doença por ano, segundo pesquisa
realizada pelo Instituto do Câncer (INCA)”, explica o Dr. Amilton Macedo,
médico dermatologista que atua na área de medicina preventiva há mais de 28
anos e é responsável pela saúde da pele de nomes como Ana Hickmann, Izabel
Goulart, Fiuk, Julia Konrad, entre outros.
“A doença que é causada pelo excesso de exposição aos raios
ultravioletas do sol e falta de cuidados com a proteção da pele, são frequentes
em pessoas de pele clara, com baixa imunidade, acima dos 40 anos ou com
histórico da doença na família. As pintas, manchas, eczemas e descamações da
pele que são sinais recorrentes da doença podem aparecer em áreas do corpo que
ficam mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas”, alerta o
especialista.
Segundo o especialista, os tipos mais comuns de câncer de pele são
o Carcinoma basocelular que corresponde a cerca de 70% dos casos ,
se manifestando por lesões peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem
lentamente e sangram com facilidade, o Carcinoma espinocelular que
representa mais ou menos 20% da doença, apresentando lesões verrucosas ou
feridas que não cicatrizam, gerando dores e sangramentos, e o câncer de pele melanoma
que equivale a menos de 5% dos casos, no entanto é o mais grave, pois
pode provocar metástase rapidamente. O melanoma se inicia com pintas ou manchas
escuras que crescem e mudam de cor e formato rapidamente
"Em cada caso de câncer de pele é necessário um tipo de
tratamento, desde procedimentos cirúrgicos até a terapia fotodinâmica que se
utiliza cremes fotossensíveis posteriores à aplicação de uma fonte de luz.
Existem as opções criocirúrgicas que são o congelamento dos tumores menores por
nitrogênio e a imunoterapia, no qual o próprio organismo elimina as células
cancerígenas”, explica Amilton Macedo.
Segundo o dermatologista, a prevenção é a melhor opção para
evitar e detectar o câncer de pele cedo. “Utilize sempre protetor solar mesmo
em dias nublados, o uso de bonés, chapéus, óculos de sol são
essenciais, assim como evitar exposição solar entre 10h e 16h. Quem possui
tatuagens deve ter cuidados redobrados, pois as tintas escuras
usadas podem encobrir possíveis lesões precursoras do câncer de pele.
Fique atento a sua pele e qualquer mancha ou sinal diferente, procure seu
dermatologista”, orienta Amilton Macedo.
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