Na última ata divulgada, o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central afirmou a intenção de aumentar a Selic em 1,50 ponto percentual na próxima reunião prevista para acontecer na próxima semana. O ajuste seria o mesmo que ocorreu na última reunião do Copom. Com isso, a taxa básica de juros chegaria a 9,25%.
O último Boletim
Focus divulgado na última segunda (5) também apontou que a taxa de juros deve
ser elevada em 1,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom e encerrar o
ano a 9,25%. Segundo o boletim, a Selic deve ainda chegar a 11,25% no final de
2022.
Para João Beck, economista e sócio da BRA,
escritório credenciado da XP Investimentos, o Banco Central deve terminar o
ciclo de alta em torno de 11% e ainda devem ocorrer pelo menos próximas três
altas consecutivas nas reuniões do COPOM. Mas é fato que o mercado de DI futuro
cedeu bastante em novembro.
"A expectativa da taxa Selic deu uma
trégua no mês após tantos meses de altas. Com esse alívio de pressão altista,
podemos ver uma recuperação nos títulos prefixados e indexados à inflação.
Outro ponto que chama a atenção são os níveis depreciados da bolsa brasileira
mesmo já considerando o impacto na atividade pelo reflexo no PIB das altas
anteriores da taxa Selic",
diz.
Segundo Rafael Vianna, Head da mesa de alocação private e
sócio da BRA, vale o investidor ficar de olho na renda fixa, que
apresenta ativos de pouco risco com alta remuneração.
"Para o investidor, é uma oportunidade
de não se expor ao risco em um momento bastante volátil do mercado, conseguindo
remunerar bem seus recursos. Com a expectativa de aumento na Selic já
precificada na curva de juros longa, os ativos de renda fixa prefixados de
médio e longo prazo têm apresentado bastante atratividade para o
investidor",
afirma.
De acordo com Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial
Investimentos, com a possível elevação da Selic em 1,5%, se o investidor
conseguir aplicar em investimentos em que for esperar o vencimento, terá ganhos
vantajosos. Quanto maior o prazo, maior também a taxa de remuneração. "Já
se o cliente quiser investir em um prazo de no máximo um ano, vale buscar
opções em que não há incidência de imposto de renda, como LCIs e LCAs de até 12
meses", diz.
Para prazos mais
longos em que o investidor pode esperar o vencimento, vale ficar de olho em
investimentos atrelados à inflação. "Por outro lado, há também a opção dos prefixados, mas o
risco é as taxas subirem mais e quem comprou antes ficar com a sensação de que
perdeu dinheiro. Se o investidor estiver com esse medo, o melhor é ajustar não
a taxa, mas sim o prazo optando por um prefixado mais curto, por exemplo", afirma.
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