Questões profissionais são apontadas como as mais ocorrentes
Praticamente metade da
população brasileira negra, 49%, diz que já teve que mudar o cabelo em algum
momento para ser mais aceita em determinado ambiente. Esse número ainda é maior
entre os mais jovens, chegando a 53% entre aqueles de 20 a 29 anos de idade.
Por sua vez, 44% pertencentes ao grupo entre 30 e 39 anos fazem o mesmo
tipo de afirmação. Os dados revelados constam de pesquisa
do Tudo pra Cabelo, hub de conteúdo de cabelo da Unilever, encomendada para
a empresa Opinion Box, no Mês da Consciência Negra.
O motivo principal apontado
para a mudança de cabelo tem cunho profissional. Por exemplo, 35% dizem que
estavam procurando emprego e sentiram que precisavam mudar para serem aceitos
nas empresas. Logo em seguida, surge uma razão mais social, com 32% dizendo que
comentários feitos por amigos, colegas ou outras pessoas levaram a uma mudança
no visual.
Uma boa notícia é que o
mercado se mostra atento a variedade de cabelos dos brasileiros. A pesquisa
revela que 9 em cada 10 entrevistados afirmam que a variedade de produtos para
cabelos cacheados e crespos atualmente existente no mercado é maior do que há 5
anos. Porém, a oferta poderia ser melhorada, pois 31% acreditam que não há
produtos suficientes no mercado para esses tipos de cabelos. A classe AB se
mostra mais exigente, pois entre ela, esse número salta para 46%.
Entre os entrevistados, que
consideram que não há uma grande quantidade de produtos no mercado, os
finalizadores despontam - 60% deles gostaria de ver mais desse tipo de item,
que ajuda na definição e volume dos fios. Em segundo, aparecem as máscaras
capilares, com 47% desejando que a sua oferta fosse maior.
Em relação aos estilos, a
pesquisa detectou uma inclinação mais tradicional. Os homens, por exemplo,
preferem o cabelo curto, mencionado por 61% deles. Bem mais atrás, veio o
estilo raspado, com 14% das menções. Já entre as mulheres, o estilo predileto é
o longo, dito por 46% delas.
Metodologia: pesquisa realizada em todas as
regiões brasileiras com 828 homens e mulheres que se autodeclaram negros. As
entrevistas foram realizadas entre 18 e 26 de outubro 2021.
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