Incidência vem aumentando no mundo e hoje a
doença atinge 16,8 milhões de brasileiros
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), entre 2019 e 2021, o número de pessoas com diabetes no mundo aumentou em 74 milhões, totalizando 537 milhões de adultos. No Brasil, as estimativas mais recentes apontam que 16,8 milhões tenham a doença, o que representa cerca de 7% da população. “O Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), criado pela IDF em 1991, em parceria com a Organização Mundial da Saúde, tem o objetivo de ressaltar a importância do esclarecimento e prevenção sobre a doença, que tem característica epidêmica e grande impacto social e econômico”, afirma a endocrinologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Carolina Spissirits Gomes de Amorim.
“De 5 a 10% das pessoas com diabetes têm a do tipo 1, uma doença poligênica e autoimune, na qual o sistema de defesa destrói as células do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Costuma se manifestar na infância e adolescência, porém pode surgir até a fase de adultos jovens, por volta dos 30 anos. No tipo 1, o paciente se torna dependente das aplicações diárias de insulina ”, explica a médica.
“Já a do tipo 2 é uma doença silenciosa, pois muitas vezes não apresenta sintomas, causada por múltiplos fatores. Uma das principais é a resistência à insulina, caracterizada pela diminuição da resposta à insulina produzida pelo organismo, levando ao aumento da glicose na circulação e a uma série de respostas inflamatórias, que acabam por lesionar vasos sanguíneos e comprometer órgãos e tecidos, como a retina, os rins e o coração”.
Entre os principais fatores de risco associados ao tipo 2 estão o histórico familiar, sedentarismo, excesso de peso, dieta inadequada, envelhecimento, hipertensão arterial, fatores étnicos (em especial hispânicos e negros), história de diabetes gestacional e pré-diabetes.
Dra. Carolina descreve que “os sintomas da doença aparecem, em geral, quando a doença está em fase de maior descompensação e podem incluir sede excessiva, boca seca, perda de peso, aumento da frequência urinária, falta de energia e cansaço, e visão turva”.
A médica destaca que a prevenção do diabetes se baseia em seguir hábitos saudáveis de vida, dieta equilibrada e manutenção do peso corporal adequado, além da prática regular de atividade física.
”Além da adoção de hábitos
saudáveis, o tratamento envolve o uso de medicamentos via oral e/ou injetáveis
para controle da glicemia, juntamente com exames preventivos e rastreamento das
possíveis complicações. No
Seconci-SP, os trabalhadores da construção e seus familiares contam com toda a
estrutura laboratorial para a realização de exames e equipe multidisciplinar,
que inclui endocrinologista, nutricionista e nefrologista, possibilitando o
diagnóstico correto e o acompanhamento adequado”, finaliza dra. Carolina.
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