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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Setembro amarelo vale como alerta sobre a importância do cuidado com a saúde mental dentro e fora do ambiente de trabalho

 Rogerio Bragherolli, economista especialista em empregabilidade, ressalta que é fundamental profissionais e empresas criarem práticas para o bem-estar emocional


Quem busca por emprego, ascensão na carreira e sucesso no trabalho, precisa estar atento a uma questão curricular tão fundamental quanto as competências profissionais: a saúde mental. O economista especialista em empregabilidade, Rogerio Bragherolli, alerta para o tema que ganha maior repercussão pelas campanhas de Setembro Amarelo.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. No Brasil, os casos passam de 13 mil por ano, podendo ser bem maiores em decorrência das subnotificações. Dos casos de suicídio, aproximadamente 96,8% estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

"Esses sentimentos e diagnósticos foram expressivamente elevados em decorrência da pandemia, inclusive pelos altos índices de desemprego no Brasil. No último estudo da OMS, os jovens de 15 a 29 anos têm o suicídio como a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Essa também é a faixa etária mais afetada pela falta de oportunidade de trabalho no país", comenta Bragherolli.

Diante desse cenário, o especialista em empregabilidade ressalta que a integração entre profissional e pessoal é fundamental para se ter autoconfiança no trabalho, equilíbrio emocional e alta performance. E orienta: "é preciso romper o paradigma de que cuidar dos sentimentos, dos pensamentos e emoções é para quem está doente. Programas de prevenção de transtornos, tanto pelas pessoas quanto pelas empresas, são necessários assim como os exames de rotina no combate ao câncer, a doenças cardiovasculares, etc", exemplifica Bragherolli.

Algumas dicas, são:

• Auxílio psicológico especializado: o profissional deve estar disposto a procurar ajuda terapêutica.

• Exercícios físicos: a saúde mental e a física são aliadas. Portanto, manter atividades físicas é essencial para a melhora do sono e da ansiedade, por exemplo.

• Alimentação saudável: o equilíbrio entre saúde física e emocional também têm interferência da alimentação.

• Lazer: é importante dedicar um tempo periodicamente para atividades prazerosas, voltadas ao entretenimento.

"Outros dados alarmantes são da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. O ano de 2020 bateu recorde em concessões de auxílio-doença e aposentadorias por invalidez devido a transtornos mentais e comportamentais, somando 576,6 mil casos. O profissional precisa se dedicar para não estar nessa estatística também, assim como as empresas devem criar formas de contribuir com o bem-estar de seus colaboradores. E o que chamamos de ganha-ganha", completa Bragherolli.

 

 

Rogerio Bragherolli

Instagram, Facebook e Linkedin: @rogeriobragherolli

https://www.saindodamedia.com.br


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