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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Quem não engordou na pandemia?

  Endocrinologista dá dicas fáceis para ajudar


Sedentarismo, abuso de receitas industrializadas e estresse diante da reviravolta que o mundo deu: estes três ingredientes levaram muitas crianças e adolescentes a ganhar peso durante a pandemia de coronavírus. Uma pesquisa, realizada nos Estados Unidos e publicada pela revista Jama, no mês passado, revelou que a taxa de crianças com sobrepeso ou obesidade saltou de 36,2% para 45,7% na faixa etária entre os 5 e 11 anos, na comparação entre março de 2019 a janeiro de 2020 com o período de março de 2020 a janeiro de 2021. Os pequenos ganharam, em média, 2,3 quilos, durante o isolamento social, de acordo com o estudo, mas, no Brasil, a situação pode ser mais grave.

Segundo a endocrinologista Camila Clemente Luz, do Grupo Prontobaby, tem sido comum encontrar meninos e meninas pequenos, de até 10 anos, que acrescentaram entre dez e vinte quilos à balança no último ano. Parece muito, e é!

- Se a gente pensar que uma criança de 10 anos pesa em média 40 quilos, um ganho de 20 quilos representa 50% do seu peso. É muito prejudicial à saúde, mas muitos pais demoraram a perceber o tamanho do problema porque, durante o isolamento social, deixaram de fazer as consultas regulares com o pediatra. Agora, que estão começando a voltar, levam um susto - diz Camila, acrescentando que aumentou também o número de crianças com resistência insulínica, o primeiro passo para diabetes.

Se seu filho está no grupo dos que engordaram muito, não é preciso, no entanto, de apavorar. Além de procurar a ajuda de um especialista, algumas mudanças de hábitos também podem contribuir para uma alimentação mais saudável e a consequente perda dos quilinhos a mais. A endocrinologista listou algumas atitudes que podem ajudar no processo. Confira:

1) Fazer as refeições em família, com todos sentados à mesa, pelo menos uma vez ao dia. Nada de comer em frente à televisão ou computador. Isso faz com que a criança não preste atenção ao que come, levando ao aumento da ingestão de alimentos.

2) Envolva a criança na preparação dos alimentos. Com isso, ela conhece texturas e sabores diferentes e acaba se interessando com mais facilidade pelos alimentos mais saudáveis, como legumes e verduras.

3) Varie a preparação dos alimentos e aposte naqueles com menos gordura. Substitua o bife à milanesa, por exemplo, por um grelhado.

4) Dê o exemplo. Não adianta oferecer salada a seu filho e comer um prato gorduroso e calórico que ele goste.

5) Diminua o uso de telas. Isso vai ajudar a criança a se movimentar mais e a aderir à atividades físicas com mais facilidade.

6) Não tem onde levar os pequenos para se exercitar? Não tem problema. As aulas on-line, muitas delas gratuitas, podem ajudar.

7) Resgate os brinquedos de antigamente. Pular corda é um ótimo exercício. Investir, caso possa, em uma caminha elástica, daquelas de jump, também pode ser uma boa ideia.

8) Limite a ingestão de suco de frutas e prefira dar a fruta em pedaços à criança. Diminuir gordura e limitar os carboidratos também são boas iniciativas.

9) E o mais difícil: evite comprar guloseimas como biscoitos recheados e refrigerantes.


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