Por meio da orientação profissional é possível alcançar resultados consistentes para a estação mais quente do ano; o verão brasileiro começa em 21 de dezembro
"Um corpo do
verão se começa a construir no inverno". A máxima que é defendida por
muitos profissionais de saúde tem uma razão: na busca de resultados rápidos,
algumas pessoas acabam exagerando ao seguir dietas milagrosas, que não se
mostram duradouras, ou então, se lesionam em treinos com cargas em excesso.
Além de ser um período favorável para a perda de peso, o inverno assegura um
intervalo de tempo razoável para se atingir metas consistentes na chegada do
verão.
O nutricionista Wagner
dos Reis, professor do curso de nutrição da Faculdade Pitágoras, defende que a perda de peso
deve acontecer de forma gradativa e lenta para que o organismo não responda de
forma negativa às mudanças. "É importante que o indivíduo que quer perder
peso tenha um planejamento junto com um nutricionista e até mesmo com um
educador físico. O ideal é considerar uma média de perda de peso de 2 a 4kgs
por mês ou até menos do que isso. O planejamento deve ser feito de acordo com a
quantidade final que a pessoa quer eliminar", explica o profissional da
saúde.
O planejamento é o
ponto mais importante para conquistar o corpo desejado, conforme explica Wagner
dos Reis. "Ele permite que o paciente perca a quantidade de quilos
necessária de forma saudável, sem efeito sanfona e com um planejamento
alimentar que garante o consumo de todos os nutrientes necessários para o
processo, evitando restrições severas como, por exemplo, o carboidrato. Sabemos
que restrições de carboidrato podem aumentar os hormônios do estresse e os
períodos de compulsão alimentar".
O nutricionista
explica que o emagrecimento tem fases específicas e por isso o acompanhamento
de um profissional é tão importante para que os resultados sejam assertivos.
"Uma das fases é a que chamamos de fase de choque, onde o paciente perde
muito peso de forma rápida, principalmente nos 15 primeiros dias. Nesse
processo há uma queda de alguns hormônios que atuam no metabolismo e o
profissional precisa planejar a dieta adicionando alimentos e nutrientes para
garantir que os hormônios não sejam reduzidos e prejudique o
emagrecimento".
A segunda fase é a
adaptação, onde o gasto energético da pessoa começa a se adaptar ao consumo.
"É uma forma do corpo lutar contra a perda de peso. Ele estava acostumado
com o peso X e agora o indivíduo está com o peso Y. Então, o organismo sente
que alguma coisa está errada e nesse momento há, principalmente, aumento do
cortisol e alterações em alguns neurônios que controlam a saciedade e o
apetite. Nessa fase, o nutricionista precisa planejar estratégias que evitem
que a pessoa coma muito e controle esse processo de fome e de saciedade",
diz Wagner.
O terceiro momento do
processo de emagrecimento é a fase de resistência, onde há uma completa
adaptação de todo o sistema fisiológico a essa restrição energética.
"Nesse período acontece uma redução mais acelerada da taxa metabólica de
repouso e do gasto energético e a pessoa tende a não conseguir progredir na
redução de peso. É como se o organismo entrasse em um determinado platô. Com
isso, é importante que o paciente tenha um choque em nível de estratégia. Ou
seja, ele precisa modificar as estratégias nutricionais e de atividades físicas
para fazer com que o corpo volte a funcionar novamente. Uma boa estratégia nessa
fase é aumentar o consumo de alimentos termogênicos".
O professor defende
que para resultados satisfatórios e um emagrecimento saudável, a dieta precisa
ser personalizada. "O planejamento deve ser alinhado a rotina e aos
hábitos alimentares do paciente para que ele faça algo sustentável e
duradouro". O docente ressalta, ainda, que não se deve acreditar em dietas
milagrosas. "Muitas dessas dietas milagrosas acabam restringindo alguns
nutrientes, como carboidratos, vitaminas e minerais. É importante perceber que
dietas milagrosas podem gerar deficiências nutricionais que podem desequilibrar
o organismo", diz Wagner.
Para que as pessoas
comecem e não abandonem o projeto verão, Wagner Reis conta que o desejo de
mudar é o primeiro passo. "As pessoas querem mudar o peso, mas não querem
mudar os hábitos, continuam comendo alimentos industrializados e consumindo em
excesso bebidas alcoólicas. Elas iniciam o plano alimentar, mas não seguem
porque não estão preparadas para essa mudança. Outro ponto é que as pessoas
buscam por praticidade e associam a praticidade a alimentos industrializado, o
que é um erro. Outra coisa importante é que as pessoas não entendem que
precisam de ajuda de profissionais. Pessoas que comem de forma compulsiva,
ansiosas e estressadas, às vezes precisam de ajuda psicológica. Nesses casos o
trabalho interdisciplinar do nutricionista com outros profissionais é
extremamente importante", conclui Wagner dos Reis.
Faculdade Pitágoras
https://www.faculdadepitagoras.com.br
e https://blog.pitagoras.com.br/category/noticias/.
Kroton
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