Hipercolesterolemia
familiar é uma doença hereditária que causa a inabilidade do fígado em retirar
o colesterol ruim do sangue, elevando suas taxas, afirma especialista do São
Camilo SP
Considerada uma das principais
causas de doenças cardiovasculares, o colesterol afeta cerca de 40% da
população brasileira, de acordo com dados divulgados pela SBC (Sociedade
Brasileira de Cardiologia). Apesar de ser facilmente controlado por meio da
adoção de hábitos saudáveis, ou seja, com alimentação equilibrada e prática de
atividades físicas, muitas pessoas ainda encontram dificuldade em manter baixas
as taxas de colesterol.
O problema preocupa os especialistas, uma vez que, somente neste ano, já foram
registrados mais de 200 mil óbitos por problemas cardíacos, que continuam
figurando entre as principais causas de morte no país.
O cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Luiz Guilherme
Velloso explica que o colesterol é uma gordura produzida pelo fígado, dividida
em dois tipos: o HDL, também chamado de “colesterol bom”, e o LDL, considerado
“colesterol ruim”.
Ele ressalta que o colesterol é fundamental para o bom andamento do organismo,
mas que, para que isso aconteça, é necessário manter seus níveis sempre
controlados. Uma parcela da população pode encontrar alguns desafios a mais
para manter este controle, devido à uma doença hereditária chamada
hipercolesterolemia familiar. Além de não ter cura, a ausência de sintomas
impede que muitas pessoas obtenham o diagnóstico e iniciem o tratamento
adequado.
Dr. Luiz afirma que a doença causa a inabilidade do fígado em retirar o
colesterol ruim do sangue, elevando suas taxas mesmo quando a pessoa mantém
bons hábitos alimentares e se exercita regularmente. “Se há histórico da doença
na família, os riscos de desenvolvimento são de 50%”, alerta.
Portanto, é fundamental realizar checagens periódicas dos níveis de colesterol.
Esses exames poderão indicar a presença da doença, que só poderá ser confirmada
por meio de testes genéticos.
Com o intuito de minimizar os efeitos da hipercolesterolemia familiar, a SBC
divulgou uma edição atualizada das diretrizes de diagnóstico e tratamento da
doença, incluindo uma nova maneira de categorizar os riscos cardiovasculares
entre os portadores da doença: Muito Alto Risco, Alto Risco e Risco
Intermediário.
A mudança afetou também as metas terapêuticas, que irão variar de acordo com a
categoria do paciente, considerando fatores de risco adicionais, como
tabagismo, hipertensão arterial, excesso de peso e diabetes, entre outros.
De qualquer forma, ao receber o diagnóstico, o médico frisa que os cuidados
deverão ser redobrados. “A atenção aos hábitos saudáveis deve ser ainda maior
nestes casos, pois isso contribuirá para aumentar os níveis do HDL, ajudando a
combater o colesterol ruim geneticamente elevado.”
Isso significa reduzir o consumo de carnes, alimentos gordurosos, derivados de
ovos e leites, além de aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras,
evitando os ultraprocessados. A rotina de exercícios também está entre as
principais medidas para reduzir os níveis de colesterol ruim do sangue.
“Quando em excesso, o LDL faz com que se acumulem placas de gordura nas
artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo e causando inúmeros problemas, como
infarto, acidente vascular cerebral (AVC), aterosclerose, trombose e outras
doenças graves”, ressalta o médico.
Hospital São Camilo
@hospitalsaocamilosp
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