Clínico geral e imunologista parceiro da Care Plus esclarece dúvidas sobre as diferentes formas e mutações do vírus Sars-CoV-2
Após mais de um ano e quatro meses de pandemia da Covid-19, diversas variantes apareceram, oriundas das mutações do vírus no código genético. Conforme as variantes são detectadas em um país ou região, as atenções se voltam para tentar decifrá-las, entendendo como se comportam no corpo humano, quais são os principais sintomas e reações às vacinas já existentes.
Atualmente, quatro variantes distintas circulam na sociedade, algumas concentradas em determinada região, e outras não. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante Alfa foi identificada no Reino Unido, a Beta na África do Sul, a variante Gama no Brasil e a última descoberta, variante Delta, identificada na Índia.
Eduardo
Finger, clínico geral e imunologista parceiro da Care Plus, explica um pouco
mais sobre as quatro variantes descritas acima e a importância das vacinas para
a prevenção do contágio.
Variante
Alfa: segundo estudos, a Alfa
tem transmissibilidade até 50% maior que a outras linhagens, mas isso não quer
dizer que seja a mais perigosa. Segundo o dr. Eduardo, estudos sobre maior
risco de hospitalização e mortalidade não estão confirmados, mas acendem um
alerta para a importância da vacinação, diante da efetividade das vacinas
oferecidas atualmente contra essa variante;
Variante
Beta: descoberta na África do
Sul, é uma variante que preocupa pela resposta imune, podendo ocorrer casos de
reinfecções, além de taxa alta de transmissibilidade. “Estudos apontam que as
vacinas da Pfizer e Janssen são eficazes contra a Beta, entretanto esse não
deve ser um impeditivo para tomar alguma outra vacina disponível, já que essas
análises estão em andamento e estudos de eficácia são constantes”, alerta o
imunologista;
Variante
Gama: também com altos índices
de transmissibilidade, é a variante que assustou os brasileiros nos últimos
meses, levando ao pico das internações em março e abril. Finger explica que a
variante possui boa resposta às vacinas disponíveis no Brasil, por isso é
imprescindível que as pessoas busquem a vacina no posto mais próximo e se
atentem à data da segunda dose;
Variante Delta: os estudos estão voltados para a performance dessa variante no organismo, por ser a descoberta mais recente, mas já é de conhecimento científico que é altamente contagiosa. As vacinas Pfizer e AstraZeneca tem eficácia comprovada contra a mutação, e outros testes estão em andamento em relação às outras vacinas.
“Sendo
a variante Alfa, Beta, Gama ou Delta, o vírus continua circulando e é mais que
necessário manter os procedimentos sanitários e de segurança, independentemente
se o indivíduo já tomou a vacina e, principalmente, quando outros membros da
família ainda não tomaram. O uso da máscara precisa continuar sendo um hábito
imprescindível, assim como a higiene das mãos e o distanciamento entre as
pessoas, em lugares abertos e fechados. Somente dessa forma, a imunidade ao
vírus será alcançada”, completa o profissional.
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