A doença pode impactar na saúde bucal?
Consultora
da GUM explica como os medicamentos usados para o tratamento da doença podem
prejudicar a cavidade oral
A data 4 de maio foi
destinada à comemoração do Dia Mundial de Combate à Asma. A iniciativa, criada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como objetivo comunicar sobre a
importância da prevenção contra o agravamento da doença. Segundo o DATASUS,
banco de dados do Sistema Único de Saúde, a inflamação crônica ocasiona 350.000
internações anuais no Brasil.
Caracterizada pelos
sintomas de chiado no peito, sensação de aperto, tosse e falta de ar, a asma é
considerada uma patologia sem cura. Existem dois tipos de intervenções para tratá-la:
a manutenção, que se consiste na utilização de remédios preventivos, e o
tratamento de crise, realizado nos picos do mal-estar. Nos métodos de controle
também há o uso de medicamentos como corticoides e broncodilatadores, que podem
prejudicar a saúde bucal do paciente.
De acordo com Queren
Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, os medicamentos
antiasmáticos têm o pH ácido e potencial erosivo, o que pode impactar
negativamente na saúde bucal. "A forte composição dos remédios é capaz de
afetar a cavidade oral, danificando os dentes e possibilitando a contração de
infecções fúngicas, como o sapinho", aponta. O uso de dilatadores e
anti-inflamatórios, principalmente quando inalados, são os responsáveis por
diminuir a produção de saliva. "A boca seca leva à descamação das células
internas, propiciando o desenvolvimento de mau hálito, cáries e gengivite, além
de deixar a área propensa à proliferação de bactérias".
Queren reforça que a
melhor saída para a diminuição desses fatores são os cuidados bucais. "É
importante que o paciente higienize a cavidade oral após a deglutição ou
inalação desses fármacos. Para isso, é necessário realizar a escovação dental,
optando por pastas de dentes que contenham ao menos 1.000 ppm de íon flúor em
sua fórmula, quantidade recomendada pelos dentistas, juntamente com o uso de
dentifrícios, para que assim se tenha uma limpeza completa e eficiente",
complementa.
Por fim, a consultora
alerta que é imprescindível o acompanhamento com um dentista para impedir danos
mais graves. "Em estágios muito avançados, o esmalte dentário pode ficar
comprometido e parte dos dentes corroídos, gerando a necessidade de um
tratamento odontológico", comenta.
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