terça-feira, 1 de junho de 2021

Combate à Asma

 A doença pode impactar na saúde bucal?

Consultora da GUM explica como os medicamentos usados para o tratamento da doença podem prejudicar a cavidade oral


A data 4 de maio foi destinada à comemoração do Dia Mundial de Combate à Asma. A iniciativa, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como objetivo comunicar sobre a importância da prevenção contra o agravamento da doença. Segundo o DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde, a inflamação crônica ocasiona 350.000 internações anuais no Brasil.

Caracterizada pelos sintomas de chiado no peito, sensação de aperto, tosse e falta de ar, a asma é considerada uma patologia sem cura. Existem dois tipos de intervenções para tratá-la: a manutenção, que se consiste na utilização de remédios preventivos, e o tratamento de crise, realizado nos picos do mal-estar. Nos métodos de controle também há o uso de medicamentos como corticoides e broncodilatadores, que podem prejudicar a saúde bucal do paciente.

De acordo com Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, os medicamentos antiasmáticos têm o pH ácido e potencial erosivo, o que pode impactar negativamente na saúde bucal. "A forte composição dos remédios é capaz de afetar a cavidade oral, danificando os dentes e possibilitando a contração de infecções fúngicas, como o sapinho", aponta. O uso de dilatadores e anti-inflamatórios, principalmente quando inalados, são os responsáveis por diminuir a produção de saliva. "A boca seca leva à descamação das células internas, propiciando o desenvolvimento de mau hálito, cáries e gengivite, além de deixar a área propensa à proliferação de bactérias".

Queren reforça que a melhor saída para a diminuição desses fatores são os cuidados bucais. "É importante que o paciente higienize a cavidade oral após a deglutição ou inalação desses fármacos. Para isso, é necessário realizar a escovação dental, optando por pastas de dentes que contenham ao menos 1.000 ppm de íon flúor em sua fórmula, quantidade recomendada pelos dentistas, juntamente com o uso de dentifrícios, para que assim se tenha uma limpeza completa e eficiente", complementa.

Por fim, a consultora alerta que é imprescindível o acompanhamento com um dentista para impedir danos mais graves. "Em estágios muito avançados, o esmalte dentário pode ficar comprometido e parte dos dentes corroídos, gerando a necessidade de um tratamento odontológico", comenta.

 

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