Tanto na indústria como em outros setores da economia, a ergonomia é uma peça fundamental para manter o desenvolvimento de uma empresa. Ela, que pode ser dividida em três áreas, ergonomia física, organizacional e cognitiva, é responsável por elaborar medidas para reduzir possíveis riscos, sendo eles no ambiente de trabalho, dentro do espaço físico e até mesmo na organização de processos.
No Brasil, além da NR-12, que é a Norma Regulamentadora de
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos e ferramenta fundamental no
planejamento de manufatura, já temos também a NR-17. Por meio delas, as
indústrias conseguem definir referências técnicas, princípios fundamentais e
medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos
trabalhadores. É possível também estabelecer requisitos mínimos para a
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e utilização
de máquinas e equipamentos de todos os tipos, bem como sua fabricação,
importação, comercialização e exposição em todas as atividades econômicas.
Segundo o Índice de Automação do Mercado Brasileiro, realizado
pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, entre 2018 e 2019, o nível
de automação nas empresas cresceu 4%. Diante desse aumento cada vez mais
frequente, percebe-se que essa preocupação precisa estar sempre presente no dia
a dia do ambiente corporativo, independentemente do setor. Além disso, é
preciso citar que as empresas que investem e se preocupam realmente com a
ergonomia, se destacam e ganham muito em cima disso. Vale comentar ainda que todas
as normas já presentes, não exclui o fato de funcionários adoecerem, visto que
a idade também é um fator determinante para isso. Certificar que ela tenha
médicos e responsáveis para monitorar é essencial para garantir que tudo
funcione como os conformes estabelecidos.
Dentre os benefícios, posso citar o aumento da produtividade,
redução de afastamentos e dos gastos com substituição de profissionais,
prevenção de doenças ocupacionais, valorização dessas pessoas, melhoria na
imagem corporativa e diminuição dos prejuízos financeiros. Então esteja apto
para corrigir os problemas, aperfeiçoar o que for necessário e conscientizar
seus funcionários, por meio da realização de treinamentos e palestras para que
todos estejam alinhados com o mesmo propósito.
Dessa forma, concluo que a ergonomia continuará sendo relevante
para as companhias, principalmente porque o setor industrial deve criar locais
agradáveis, seguros e confortáveis para que as novas gerações, que estão cada
vez mais exigentes encontrem o ambiente de trabalho ideal. Além disso, é muito
importante que os profissionais levem em consideração o custo de afastamento
temporário ou até permanente que um problema de ergonomia pode causar, pois ele
pode ser muito mais alto do que o investimento em robotização. Sem contar que,
muitos dos profissionais que voltam após uma lesão, precisam ser realocados em
funções que - diversas vezes - não estavam acostumados, fazendo com que a
companhia adapte toda a trajetória novamente. Então sem dúvidas, a
implementação de robôs resolvem diversos problemas corriqueiros. Pense nisso!
Denis
Pineda - gerente regional da Universal Robots na América Latina, empresa
dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos.
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