Especialista fala um pouco mais sobre a doença e suas características
A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, ou seja, ela vai agravando com o passar do tempo e infelizmente ainda não tem cura, mas tem tratamentos que ajudam a conviver melhor com a doença. “O Parkinson tem em sua origem na diminuição intensa da produção de dopamina, uma substância química – um neurotransmissor - que auxilia nosso corpo a transmitir mensagens entre as células nervosas”, esclarece Mariana de Carvalho, fisioterapeuta e coordenadora do Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA).
Segundo Mariana, é a dopamina que auxilia na realização dos movimentos voluntários do nosso corpo. É graças a essa substância que isso acontece, e a falta dela na região encefálica faz com que o controle motor do indivíduo seja prejudicado: “Conforme vamos envelhecendo, vamos perdendo algumas das células que produzem a dopamina, o que acontece no Parkinson é que essas pessoas têm esse ritmo de perda muito acelerado e acabam manifestando os sintomas”. Mas o Parkinson não se resume apenas aos tremores que todos conhecemos, por isso, a fisioterapeuta elenca 5 coisas que você deve saber sobre o assunto.
- Nem todo paciente com doença de
Parkinson tem tremor. Conhecida como “tremor em
repouso”, essa característica fica mais evidente quando a às mãos do paciente estão paradas. O
que muitos não sabem, é que nem todos os pacientes com doença de Parkinson
apresentam esse sintoma, em 30% dos casos o tremor não aparece, sendo a
lentidão dos movimentos e a rigidez os sintomas mais evidentes.
- Pacientes com doença de
Parkinson também apresentam sintomas não motores, como alterações no sono
e na memória. Como dito acima, os principais
sintomas da doença são os tremores, a lentidão motora e a rigidez das
articulações. Porém, os pacientes podem apresentar também os chamados
sintomas não-motores como alterações no sono, na memória, diminuição do
olfato e até alterações intestinais.
- A doença de Parkinson atinge
principalmente idosos, mas pode acometer jovens. A
grande maioria dos casos acontece com pessoas acima dos 60 anos, mas dados
do governo federal apontam que cerca de 10% dos pacientes com a doença têm menos de 50
anos e 2% menos de 40 anos.
- O risco de
quedas é aumentado em pacientes com doença de Parkinson.
Pessoas que sofrem com a doença têm um
risco de queda duas vezes maior se comparado com pessoas saudáveis da
mesma idade. Tarefas simples do dia a dia como colocar o sapato, por
exemplo, podem provocar desequilíbrio, aumentando o risco de quedas.
Infelizmente não existem
dados oficiais sobre a doença no Brasil, pesquisas não-oficiais mostram que o
país tem hoje cerca de 250 mil portadores da doença e estudos internacionais estimam que esse número
dobrará até 2030.
Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e
Comportamental (NUPA)
Facebook @nupa.belem e Instagram @nupa.belem
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